A Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirmou nesta quarta-feira (20) que a hidroxicloroquina não demonstrou ser eficaz no tratamento contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).
"Nesse momento, a cloroquina e a hidroxicloroquina não foram identificadas como eficazes para o tratamento da Covid-19. Em vez disso, existem vários estudos que alertam sobre os efeitos colaterais", afirmou Mike Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS.
A declaração de Ryan foi dada no mesmo dia em que o Ministério da Saúde do Brasil publicou um novo protocolo que orienta o uso do medicamento em casos leves da Covid-19, que já matou cerca de 18 mil pessoas no país.
Mesmo não existindo nenhuma comprovação científica da eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina, Ryan enfatizou que as autoridades de saúde de cada país são livres para escolher os medicamentos a serem usados na terapia contra o vírus.
Agora a pouco, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, informou em sua conta no Twitter a nova orientação do Ministério da Saúde, mas admitiu que o uso do medicamento ainda não tem comprovação científica.
"Ainda não existe comprovação científica, mas (está) sendo monitorada e usada no Brasil e no mundo. Contudo, estamos em guerra: 'Pior do que ser derrotado é a vergonha de não ter lutado'", escreveu.
Bolsonaro ainda reforçou que "a cloroquina pode ser ministrada em casos leves, com recomendação médica e autorização do próprio paciente ou da família".