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Pesquisa mede imunização do brasileiro

A pesquisa busca também identificar de que forma o coronavírus está se propagando pelo Brasil

O Ibope Inteligência realiza até este domingo (17 de maio) uma pesquisa sobre a prevalência da Covid-19 na população brasileira. A coordenação do estudo é da Universidade Federal de Pelotas - UFPel, com financiamento do Ministério da Saúde.  

O estudo será realizado em três etapas, sempre nos mesmos 133 municípios. A primeira etapa ocorre entre os dias 14 e 17 de maio. As demais ocorrerão a cada 15 dias e, ao término da pesquisa, 99.750 brasileiros terão sido testados.

O objetivo dessa pesquisa é medir o nível de imunização da população brasileira ao novo coronavírus e identificar de que forma o vírus está se propagando pelo Brasil. Com isso, será possível criar políticas públicas mais eficientes no combate à pandemia baseadas em critérios científicos sobre o comportamento do vírus.

A pesquisa consiste na aplicação de um breve questionário sobre a existência de doenças preexistentes e possíveis sintomas de coronavírus nos últimos 30 dias, além da realização de um teste sanguíneo rápido que utiliza metodologia por punção digital (uma picadinha na ponta do dedo).

Inicialmente, foram definidos os municípios que irão participar da pesquisa. Em um segundo momento, foram sorteados 25 setores censitários dentro de cada um desses municípios (exceto àqueles onde não há 25 setores censitários). Dentre dos setores, serão selecionados os domicílios que serão abordados aleatoriamente e, por fim, dentro dos domicílios selecionados será sorteado o morador participante. O morador sorteado, caso aceite, será submetido ao teste sanguíneo e ao questionário.

Todo morador que aceitar participar da pesquisa terá que assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que informa sobre os objetivos, procedimentos, possíveis riscos, sigilo dos dados, voluntariedade da participação, entre outros aspectos. Os moradores menores de idade e/ou adultos legalmente incapazes receberão o Termo e terão que ser autorizados pelos pais e/ou responsável para participar.

Todos os entrevistadores que vão realizar as entrevistas foram testados e apenas aqueles que apresentaram resultado negativo irão às ruas para realização da coleta de dados e aplicação do teste sanguíneo. Esses profissionais foram devidamente treinados por um especialista da área de saúde e estarão utilizando os equipamentos de proteção individuais (EPIs), conforme orientação do Ministério da Saúde. São eles: máscaras descartáveis, toucas descartáveis, aventais descartáveis, sapatilhas descartáveis, óculos de proteção e luvas. Além disso, todos os entrevistadores terão em mãos frascos de álcool gel, sacos de lixo infectante e caixas de descarte de materiais hospitalares.

As informações coletadas são absolutamente sigilosas, serão tratadas de forma anônima e os respondentes não serão identificados, de acordo com todas as normas éticas internacionais sobre pesquisas em saúde (com exceção da Vigilância Sanitária, caso o resultado do teste seja positivo). Os resultados dos estudos serão sempre tratados conjuntamente e nunca de forma individual.