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7 dicas de como manter o cuidado íntimo em tempos de isolamento social

Foto: Olga Moopsi
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O que você pode fazer pela sua vagina em tempos de isolamento social?

Estamos passando muito mais tempo em casa do que era de costume. Diante do isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus, as pessoas estão adaptando seus hábitos, atividades e cuidados diários e, em meio à essas alterações na rotina, por que não olhar com mais atenção para a própria vagina?

As ginecologistas e sócias da clínica Especializada em Medicina Estética Ginecológica (EMEG), Ana Cristina Batalha, Cristina Sá e Ticiana Cabral, explicam que as mulheres que estão trabalhando em casa e em isolamento social podem encontrar no momento uma possibilidade para conhecer melhor a própria vulva, se amar e despertar novas percepções sobre o cuidado íntimo, sejam elas casadas ou solteiras.

1. Deixe respirar

Não tem nada melhor para a vulva do que a liberdade de ficar sem calcinha e com roupas bem folgadas. “Em casa, temos a possibilidade de ficar bem longe das roupas apertadas, jeans e tecidos sintéticos que tanto abafam a região íntima. Aproveite o momento para ficar ao máximo sem calcinha ou com shortinhos soltos, além de deixar respirar, evita infecções e corrimentos indesejados”, indica Ana Cristina Batalha.

2. Fique atenta à sua alimentação

Mais importante do que buscar os alimentos nutritivos, ricos em aminoácidos ou que fortalecem a imunidade, é fundamental evitar os alimentos ultraprocessados, com muito sódio ou açúcar. “Como passamos todo o tempo dentro de casa, há uma tendência maior de ingestão desses alimentos com muito açúcar e inflamatórios, que aumentam a ansiedade e contribuem para o surgimento da candidíase”, explica Ticiana Cabral. Outro hábito que vale destacar é o consumo de alimentos ricos em fitoestrogênios, substâncias semelhantes ao estrogênio que exercem uma ação semelhante à desse hormônio no corpo, estimulando a lubrificação. Alguns desses alimentos são: linhaça, soja, tofu, inhame, rebentos de alfafa, cevada e sementes de abóbora.

3. Hora de se conhecer um pouco mais

Mesmo falando cada vez mais sobre o feminino e empoderamento, a vulva ainda é um tabu, destaca Cristina Sá. “Muitas vezes, nascem incômodos com formatos, cores e características que são naturais. Por isso é tão importante que a mulher conheça o próprio corpo, pegue um espelhinho e olhe cada vez mais para a sua vagina e naturalize tudo o que vê”.

4. Masturbação: se ame todos os dias

E aproveitando o momento dedicado a conhecer o próprio corpo, que tal acessar o prazer tocando o próprio corpo? “Ajuda na autoestima e autoconhecimento, ajuda a descobrir quais são os pontos fortes e o que a mulher mais gosta durante o sexo. O melhor é que não tem problema nenhum em se masturbar todos os dias”, comenta Ana Cristina Batalha. Para variar os estímulos, os vibradores e brinquedos eróticos são uma ótima opção.

5. Observe seus ciclos internos

Quando a mulher busca observar o próprio ciclo menstrual, tendo atenção com as alterações emocionais, internas e externas, ela pode perceber a repetição de alguns ciclos e se conhecer melhor. Existem ferramentas que ajudam a conhecer melhor o ciclo menstrual, como a mandala lunar e muito conteúdo relacionado ao sagrado feminino.

6. Qual absorvente melhor se adapta?

Não tem lugar melhor do que a própria casa para testar novos tipos de absorventes. Você pode experimentar alternativas ao absorvente descartável mais tradicional, como o coletor menstrual, as calcinhas absorventes e os absorventes reutilizáveis de pano. “Além de saudáveis e sustentáveis, essas opções podem ser mais confortáveis e econômicas também”, destaca Ticiana Cabral.

7. Vagina fitness?

Como qualquer outro músculo do corpo, o assoalho pélvico também fica fraco se não for exercitado. Cristina Sá explica que “fortalecer a região pode trazer benefícios à vida sexual e à saúde, prevenindo problemas de incontinência urinária e atrofia vaginal, além de despertar consciência corporal na mulher”. Alguns exercícios de fisioterapia que podem ser feitos em casa podem ajudar bastante, assim como os exercícios de contrair e relaxar a musculatura de forma consciente.