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Estudo recria em 3D proteína que multiplica coronavírus

Pesquisa pode ajudar na descoberta de medicamento

Foto: Ansa Brasil
Coronavírus visto sob um microscópio eletrônico
Coronavírus visto sob um microscópio eletrônico

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Lübeck, na Alemanha, recriou em 3D a arquitetura da principal protease do novo coronavírus (Sars-CoV-2), usando um aparelho de raio-X conhecido como Bessy II.

O estudo publicado na revista Science revela que a proteína está envolvida diretamente na reprodução do vírus. Com a descoberta, no entanto, uma análise dessa arquitetura pode permitir o desenvolvimento de medicamentos que inibem justamente a proliferação do microrganismo.

A abordagem, considerada promissora na luta contra o avanço do novo coronavírus, é tida como útil para barrar sua reprodução. Desta forma, ao conhecer sua estrutura, os pesquisadores conseguem localizar os "pontos de ataque" para testar as substâncias em desenvolvimento.

O teste foi feito em um tubo de ensaio em células pulmonares humanas afetadas por coronavírus, fazendo a molécula entrar imediatamente em ação

Segundo os cientistas, a arquitetura 3D fornece pontos de partida concretos para o desenvolvimento de medicamentos ativos ou inibidores.

Estes pesquisadores alemães já desenvolveram um inibidor contra o vírus da SARS durante a pandemia de 2003. Em 2016, eles conseguiram também decifrar uma enzima do vírus Zika.

Até o momento, a Covid-19 já provocou a morte de mais de 10 mil pessoas em todo o mundo.