A intérprete baiana Matilde Charles sobe ao palco montado na Cruz do Paschoal, na Rua Direita do Santo Antônio, na próxima sexta-feira, dia 7, às 20h, para apresentar o show “Encanto de Mulheres”, pela terceira edição do “Arte no Pascoal”, ação promovida pelo Pelourinho Dia e Noite.  O show de Matilde Charles encerra a edição 2020 do “Arte no Pascoal”.

No repertório, canções que foram interpretadas e compostas por mulheres  - o “Arte no Paschoal” homenageia as mulheres nesta temporada – como  "Antes que eu Volte a ser Nada" e "Zé do Caroço", de Lecy Brandão ou ainda "Tendência", de Dona Ivonne Lara. E vai ter exaltação a Clementina de Jesus, Elis Regina, Alcione, Nana Caymmi...

Um momento especial está programado para quando ela interpretar "Mulheres", de Martinho da Vila, com uma nova letra, resposta à letra original.

E como Matilde  viveu na França por dez anos e desenvolveu parte da sua carreira lá, o show traz também sucessos interpretados por mulheres da música francesa e belga, como Edith Piaf, Mireille Mathieu e Maurenne. Para completar esta fusão linda, ela acrescentou ao repertório "Ne me Quite Pas", que foi interpretada por Maísa no Brasil com imenso sucesso e clássicos da Bossa Nova interpretados em francês, como  "Água de Beber" e “Berimbau” (gravadas por Claude Nougarrot).

Sobre  Matilde Charles - Sobre  Matilde Charles - cantora baiana, nascida  Centro Histórico de Salvador, Matilde Charles começou sua incursão musical cantando no Coral do Mosteiro de São Bento. Residiu na França durante 10 anos.

Em Paris interpretou a música brasileira em clubes-restaurantes. No Olympia de Paris interpretou clássicos do samba-reggae a convite da companhia de dança e musica,"Le Mistere Bouff" na primeira parte do show do “Quarteto Negro” formado por Zezé Mota, Jorge Dégas e Paulo Moura.

Matilde participou de turnês na França e na Rússia, como backing vocal da cantora e apresentadora francesa Amanda Lear. De volta ao Brasil foi selecionada para cantar na opera “Beleza Negra”, que reuniu artistas baianos como Lazzo, Mariela Santiago e Wilson Café. Matilde surpreende quando presenteia o público interpretando clássicos da música francesa e também versões da música brasileira em francês.

Foi convidada para interpretar “Ngosi Sikeleli África” no CD Rosário dos Pretos, produzido por J. Veloso, com notável interpretação. Integrou o elenco de artistas que prestaram homenagem a Assis Valente em Santo Amaro.Matilde Charles vem ganhando espaço no cenário artístico baiano. Cantou acompanhada do violonista Mario Ulloa, em Tributo a Dorival Caimmy, no antigo espaço Tom do Saber, Rio Vermelho.

No carnaval 2013 no Centro Histórico, fez parte do show “7 Negras Vozes” ao lado de Marcia Short, Will Carvalho, Juliana Ribeiro, Carla Lis, Claudia Costa e Clécia Queiroz. No carnaval 2015 fez parte do projeto “Afro Folias” ao lado do cantor Portella Açúcar e da cantora e atriz Denise Correa.

Foi convidada pelo diretor artístico André Simões na cerimônia de entrega do Prêmio Caymmi de Música em 2015, no Teatro Castro Alves, onde Matilde Charles, juntamente com Cláudia Cunha, Júlia Tazie e Jussara Silveira interpretaram as canções de Dorival Caymmi num momento de destaque do evento.

No carnaval 2016, para homenagear o centenário do samba, levou para o palco da praça Tereza Batista no centro histórico um repertório de sambas que se destacam na música brasileira. Foi uma das atrações do 13º Fórum AWID - Women's Rights, em Costa do Sauípe.

Evento que traz consigo ativistas pelos direitos das mulheres de mais de 120 países. Com um repertório marcante focado na MPB, a cantora marcou com sua interpretação.Em 2018 participou em São Paulo da seleção de artistas para o musical "Dona Ivone Lara um sorriso negro".