Conceição do Coité, com uma população superior a 60 mil habitantes, outrora conhecida como a Rainha do Sisal, cidade pujante, desenvolvida, parece que parou no tempo. Hoje, várias artérias da cidade estão abandonadas - ruas e avenidas esburacadas, UPA fechada e Praças ajardinadas desprezadas -. O que deixa transparecer que Coité parou no tempo.
A fonte luminosa localizada na avenida principal da cidade, que deveria servir de ponto turístico para os visitantes, é uma ameaça à saúde de todos que freqüentam o local. Sem manutenção adequada, o espaço, acumula impurezas, limo e sujeira.
Por baixo da lamina d’água parada, é visível “asas” camadas de limo que toma conta do piso e das laterais da fonte que já foi um orgulho dos coiteenses, quando funcionava.
A fonte luminosa é um criadouro de mosquitos
Com o descaso por parte do governo municipal o logradouro torna-se uma atração, não para o publico, mas para os mosquitos que ali proliferam, inclusive o Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, segundo reclamações.
Mas esse é só um exemplo do abandono já que os serviços públicos não funcionam a contento. Transeuntes das avenidas e ruas que dão acesso ao centro da cidade pedem socorro por conta da buraqueira que toma conta das vias. São quase sete anos de descaso da administração municipal.
Além de causar prejuízos para quem precisa trafegar, essas artérias colocam em risco a vida de motoristas e pedestres. Quem passa pelas crateras conhecidas hoje como “buracos dos companheiros” sabe que logo vai ter prejuízos.
"Buracos dos companheiros"
A falta de ação do comandante do município é visível na Avenida Luiz Eduardo Magalhães, saída para a cidade de Serrinha. Também não foge do abandono a parte asfaltica da avenida que dá acesso à cidade de Riachão do Jacuípe, no bairro Fluminense. O quadro da Rua do Batalhão da Polícia Militar, no bairro do Açudinho, área central da cidade e saída para Retirolândia, não é difere.
Tomado por buracos em tempo seco e por lama no período chuvoso, a Avenida Luiz Eduardo Magalhães, que dá acesso ao Fórum Durval da Silva Pinto, à Prefeitura, ao Ministério do Trabalho, a Uneb e a Rodoviária da cidade, tornou-se um transtorno para os motoristas e para as pessoas que fazem caminhadas diariamente pelo local.
Nesse trecho da cidade, com chuva ou com sol, os motoristas têm que fazer malabarismo na pista para não cair nas crateras que às vezes são tapados com areia ou cascalho, depois que a comunidade faz denúncias nas redes sociais ou na imprensa. A avenida, com 1,6 km de extensão, hoje agoniza por causa do abandono.
Outra via fundamental ao centro da cidade, que também está quase intransitável é a do Comando do Batalhão da Polícia Militar, no bairro do Açudinho, outra demonstração da forma de como a “Rainha do Sisal” vem sendo gerida pelo governo municipal.
A “Rainha do Sisal” que por muitas décadas se destacou na região por conta do comércio pujante, parou no tempo por falta de ações da administração, que não se preocupa em atrair progresso e desenvolvimento para a cidade.
Se o gestor que prega tanto pela seriedade com os recursos públicos investisse o dinheiro que é gasto com cargos comissionados e alguns companheiros que sequer sabem onde fica a prefeitura, Conceição do Coité seria outra cidade.