No imóvel de quatro andares funcionam o Centro Médico Regional e, no térreo, uma das lojas da Ricardo Eletro – Foto: JB Cardoso

Técnicos da Defesa Civil Municipal e engenheiros da Prefeitura interditaram o Edifício Sarkis, no Calçadão da Sales Barbosa, em Feira de Santana, que corre o risco de desabar. A área foi isolada por motivos de segurança.

De acordo com coordenador interino da Defesa Civil, Pedro Américo, há duas semanas técnicos do órgão realizaram uma vistoria no imóvel, após suspeitas de que a estrutura do edifício estaria comprometida com rachaduras. Há indícios de que o motivo teria sido provocado por um vazamento em tubulações da Embasa.

"Neste sábado, 17, o Corpo de Bombeiros identificou uma evolução nas rachaduras, bem como o deslocamento da marquise, o que resultou no isolamento da área", disse o coordenador interino.

No imóvel de quatro andares funcionam o Centro Médico Regional e, no térreo, uma das lojas da Ricardo Eletro. Os estabelecimentos tiveram que desocupar o edifício, assim como as barracas de ambulante, situadas em frente ao prédio, foram alocadas para a Praça Bernardino Bahia.

Na segunda-feira, 19, o prefeito Colbert Martins visitou o local e conversou com os técnicos responsáveis pela interdição.

Trânsito alterado

O tráfego em algumas das principais avenidas de Feira de Santana sofreu mudanças em sua rotina, devido a interdição do prédio. A Prefeitura Municipal de Feira de Santana, através da Superintendência Municipal de Trânsito - SMT trabalha em vários pontos da cidade garantindo segurança e organização no trânsito. 

A partir das 06h da manhã desta segunda feira (19), iniciou uma interdição no trânsito da Getúlio Vargas, na região da Praça da Bandeira, e algumas intervenções no trânsito da região devido à interdição e ao isolamento do edifício. A operação acontece enquanto durar o isolamento do prédio.

Durante este processo, todo o trânsito será direcionado para a Avenida Senhor dos Passos, sentido rua Monsenhor Mário Pessoa. O tráfego do lado da Praça da Bandeira sentido Prefeitura será normal. Outra modificação foi realizada no Semáforo do cruzamento da Getúlio Vargas com a J.J. Seabra/Visconde do Rio Branco, já que os veículos não poderão seguir em frente sentido Mercado de Arte, desviando para a Visconde do Rio Branco, na rua da Câmara de Vereadores. Para retornar à avenida Senhor dos Passos, será necessário buscar alternativas pela rua Intendente Freire, ou seguindo um pouco após o Feira Tênis Clube, retomar o início da Senhor dos Passos.

De acordo com o Superintendente Municipal de Trânsito, Mauricio Carvalho, enquanto acontecer a interdição, será realizada também uma alteração operacional na praça do caminhoneiro. “Como os veículos vão ter um desvio da Senhor dos Passos seguindo direto para a Monsenhor Mário Pessoa, haverá uma sobrecarga no fluxo de veículos na travessia da Casa de Saúde Santana e colégio Padre Ovídio. Vamos permitir a utilização apenas da rotatória da praça do Caminhoneiro para tirar o conflito do cruzamento daquele semáforo”, explicou.

Ambulantes realocados

Cerca de 50 barracas de vendedores ambulantes que atuavam no calçadão da Sales Barbosa e foram realocadas para a praça Bernardino Bahia, em função de ameaça de desabamento do prédio onde funcionam o Centro Médico Regional e uma filial da Ricardo Eletro, somente devem reiniciar as atividades a partir desta terça-feira, 20.

O alerta de ameaça de desabamento do prédio foi confirmado pela Defesa Civil no fim de semana. E, em função disso, as lojas e barracas ficam interditadas até parecer de engenheiros da Prefeitura e da Embasa.

Para evitar prejuízos com a interrupção das atividades, a Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico (Settdec) autorizou a transferência temporária das barracas para a praça Bernardino Bahia, fundo do coreto. E os vendedores passaram esta segunda-feira, 19, demarcando locais e instalando as barracas.

Diretor da Associação Feirense dos Vendedores Ambulantes (Afeva), Pedro Santos, teme que a realocação provoque redução nas vendas em mais de 80%.

O comerciante Roberto Oliveira, dono da Irmão Beto Variedades, ressalta que todos foram pegos de surpresa. Mas, mesmo sem ter identificado antes a gravidade do problema, observa que a estrutura do imóvel já vinha dando sinais de comprometimento há uma semana.