Pedro Oliveira

Atividades marcam 86 anos de emancipação de Coité

O município foi desmembrado do território de Riachão do Jacuípe


Igreja matriz de Coité

Foi a partir da devoção dos Benevides, fundadores do lugar, à Nossa Senhora da Conceição e uma planta chama Cuité plantada ao lado da pequena capela que surgiu o nome de uma das cidades mais importantes da região do Sisal: Conceição do Coité. O arraial foi surgido graça a passagem de tropeiros que aproveitam o longo percurso para descansar na sombra e no entorno de uma fonte que brotava água, o olhos d’água.

No último domingo (7) o município comemorou 86 anos de emancipação político quando desmembrado do território de Riachão do Jacuípe fora elevada ao título de município.

Com importância regional por sua população e economia, ganhou o título de Rainha Sisal - slogan de autoria deste repórter - graças aos tempos áureos das fibras, as quais ainda ajudam a movimentar o cenário econômico e rural, mas não com a mesma força de antes.

No aspecto político, Coité sempre fez parte de uma geografia que lhe coloca como uma das dianteiras na comparação as suas cidades vizinhas e chega ser paritária com o Serrinha em seu grau de influência em tomada de decisões e na complexidade política e eleitoral da região Nordeste do Estado. Foi assim há anos e continua assim até os tempos atuais.

Apesar de avanços conseguidos em gestões de grupos políticos anteriores e o atual, ainda há muito a ser feito pela cidade. Falta o zelo por sua estética para uma melhora substancial na auto-estima, o que falar da Avenida Luiz Eduardo Magalhães, entrada da cidade, principal cartão postal, em uma situação deplorável há 7 anos, além de entulhos na rua Carlos Gomes, há vários meses e tantos outros pontos.

Contudo, a máquina administrativa foi organizada e tem sido bem tratada. A garantia do pagamento em dia do salário dos servidores, apesar de não serem concedidos os devidos reajustes, e dos fornecedores fez a cidade atravessar uma crise financeira sem precisar atrasar ou parcelar os compromissos.

Nas comemorações dos 86 anos, na data festiva, dia 7, houve a celebração da santa missa na Igreja da Matriz precedida do hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Coité pelas autoridades presentes.

Ajuda a ganhar repercussão ao período a realização da Semana da Cultura, iniciada na sexta-feira (5) com apresentações de dança, teatro, música, quadrilha juninas, diversão para as crianças com brinquedos e brincadeiras, lançamento de livros, venda de produtos artesanais e o festival de carros antigos que chama atenção de toda a região.

O ex-chefe de cozinha, Djalma Pereira Lana, que já foi proprietário de um dos melhores restaurante da cidade, lançou o livro de receitas que leva o seu nome. Durante esse período os visitantes e os coiteenses que residem no município tiveram atividades ao longo dos dias o que fez a cidade ferver culturalmente. 


Djalma Pereira Lana

A Câmara de Vereadores realizou sua sessão cívica e de comemoração na sexta-feira (5) na qual entregou medalhas de honra ao mérito coiteense a personalidades com relevantes serviços prestados ao município. O médico José Andrade, diretor da clinica São José, que já exerceu o mandato de vereador, foi um dos homenageados pela Casa Legislativa.