Paciência para repetir quantas vezes forem necessárias, compreender a limitação do outro e dela tirar o melhor. Observar para planejar como fazer eficientemente. Ler o ambiente que é dos mais lúdicos. Interpretar uma linguagem baseada em poucas palavras e muito movimento corporal, mesmo que quase sempre involuntário. É variado o manual a ser lido e seguido de um professor para turmas especiais.
O azul dos colantes e meias das meninas, ao invés do tradicional rosa, é uma indicação de esta é uma turma especial. Uma dezena de crianças com Transtorno do Espectro Autista, também conhecido como autismo, está aprendendo os primeiros passos do balé clássico. As aulas foram iniciadas há quase dois meses no Centro de Cultura Maestro Miro.
As aulas têm a participação ativa dos pais – Foto: Abnner Kaique / Secom
A iniciativa pioneira, em todo o Brasil, está sendo oferecida a estas meninas pelo Governo do prefeito Colbert Martins da Silva Filho. O projeto é executado por meio do Programa Arte de Viver, da Fundação Cultural Egberto Tavares Costa. As mães das meninas, como quase todas as mães, realizam o sonho de ver suas filhas tendo aula de balé.
“Elas me surpreendem a cada dia”, elogia o professor Adauto Silva. “Mostram que têm possibilidades para aprender. Este universo é amplo”. Aprender o meia-ponta – andar nas pontas dos pés, um dos fundamentos do balé clássico, ou o plié, importante movimento feito na barra. “Elas têm as destrezas físicas”. As expectativas são as melhores.
E as ferramentas usadas nas aulas são as mais diversas, baseadas na observação. Um cordão à altura da canela as ajuda no equilíbrio ao caminhar. “Ter serenidade para entendê-las e aprender a trabalhar com elas”. São crianças que, claro, precisam de ajuda.
As aulas têm a participação ativa dos pais. “Assim, eles ajudam nas tarefas que devem ser feitas nas casas delas. Como os pais de Yasmin e Izabele. “Elas estão progredindo muito. Principalmente Yasmin, que já começou a falar algumas palavras, como papai. Meu sonho é ouvir ela me chamar de mamãe”, derreteu-se em lágrimas Roqueline Amorim, mãe das meninas.
A evolução das meninas ela credita as aulas de balé, que acontecem duas vezes semanais. “Nunca tinha visto minha filha falar uma palavra, sequer”. Patrícia Araújo, mãe de Ana Clara, também vê evolução. “Ela começou a estudar neste ano e está se relacionando bem com as coleguinhas”.
Feira sofre surto de Dengue e vereadores se pronunciam
Segundo relatório da Secretaria da Saúde do Estado, até dia 12 de março já havia 4 quatro mortes atribuídas a Dengue em Feira de Santana, em 2.264 casos registrados da doença. A situação não passa despercebida na Câmara. No dia 06 de maio, o líder do Governo na Casa, Marcos Lima (Patriota) reconheceu que a cidade vive um momento deliciado em relação à dengue e pede ajuda de toda a população para combater o mosquito.
“Os profissionais de saúde estão em alerta em todas as unidades de saúde da cidade. A Secretaria de Serviços Públicos está fazendo limpezas frequentes em Feira para evitar a proliferação, mas é preciso lembrar que nós, moradores, temos que fazer nossa parte, pois apenas o Município não é capaz de combater o mosquito”
Já o vereador Roberto Tourinho (PV) voltou a criticar o aumento nos registros de dengue na cidade. “Na primeira sessão ordinária de 2019, fui autor de um requerimento que pedia informações sobre as ações do Município no combate à dengue, pois já apontava preocupação com a doença em Feira de Santana. Em janeiro, já tinha aproximadamente 400 registros de dengue, o maior da Bahia. Por muitas vezes usei esta tribuna para cobrar do Executivo ações mais ativas contra a dengue. Mesmo o prefeito sendo médico e a secretária de Saúde enfermeira, os números só aumentam”, pontuou Tourinho.
A coluna mandou e-mail à Secretaria de Comunicação da Prefeitura para mais detalhes, mas não obteve resposta.
Dia 11 tem espetáculo gratuito em Feira
No próximo dia 11 de maio, o Circuito Cultural Belgo Bekaert estreia sua temporada 2019 em Feira de Santana com a apresentação do espetáculo infantil “Canções para Pequenos Ouvidos”, às 16 horas, no Centro de Esportes e Artes Unificados (CEU), no bairro Cidade Nova.
No espetáculo, encenado pelo grupo Orquestra Modesta, de São Paulo, é anunciado o concerto de uma grande orquestra. Enquanto o palhaço Sandoval aguarda ansioso a chegada dos grandes músicos, quatro palhaços chegam para atrapalhá-lo.
Ao se depararem com um palco cheio de instrumentos musicais, quinquilharias e objetos largados no local, cada um ao seu tempo entra em contato com suas memórias e conta uma história em forma de canção. Os temas das canções buscam conduzir o público de pais e filhos numa viagem musical.
Cada canção conta uma história, algumas trazem reflexões filosóficas, outras memórias afetivas comuns da infância, passando por diversos ritmos e, claro, muitas brincadeiras e interação com a plateia. A peça tem duração de 55 minutos. Recomendação etária: a partir de 2 anos. O espetáculo é aberto ao público, com entrada gratuita.