A defesa do casal que agrediu uma criança de 6 anos no último domingo (9) em um condomínio em Brasília emitiu uma nota na sexta-feira (14) afirmando que Danielle Cavalcanti e Alexandre Campos de Jesus estão "extremamente arrependidos da fatalidade". Imagens das câmeras de segurança do condomínio flagraram a agressão.
O texto, assinado por Rafael Pitzer, advogado de defesa, diz que eles "foram tomados por violenta emoção" ao verem o filho "com o rosto deformado, a boca e lábios sangrando muito, impossibilitado de conseguir falar o que de fato havia acontecido e serem informados por terceiros de que outra criança havia batido nele".
Nas imagens é possível ver que o filho do casal tropeça sozinho na bola, cai e bate a boca no chão. Ele levanta e deixa o local. Em seguida, o garoto volta à quadra carregado pelo pai, que segura um outro menino pelos braços e manda o filho dar um tapa no rosto da criança. Após a agressão, eles saem e, em seguida, Danielle Cavalcanti vai até o garoto e o empurra.
Segundo a nota publicada pelo advogado, o casal está "sofrendo ameaças de morte, injúrias e difamações pelas redes sociais". O texto diz, ainda, que ambos estão "cooperando da melhor forma para que se tenha um desfecho mais célere e justo possível. Nesse sentido, se houver o indiciamento, farão as defesas pertinentes perante o Poder Judiciário, tendo (o casal) o direito ao devido processo legal".
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, inicialmente Danielle e Alexandre vão responder por "lesão corporal", com pena prevista de três meses a um ano de prisão. Ainda de acordo com a corporação, há a possibilidade de eles responderem por ameaça, visto que submeteram o próprio filho a um constrangimento, crime este previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Confira a nota na íntegra:
Rafael Pitzer, advogado de defesa (do casal), vem a público esclarecer que ambos estão cooperando com as investigações e no momento oportuno irão prestar maiores esclarecimentos acerca dos fatos à Autoridade Policial que preside as investigações.
Necessário esclarecer, ainda, que não se tratam de pessoas violentas, com passagens pela polícia ou vida dedicada à prática criminosa, mas pessoas comuns, pais de família, trabalhadores, cidadãos respeitados, que sempre buscaram dar uma boa educação para seus filhos pautada no diálogo e respeito para com o próximo.
Infelizmente, no domingo, 09.12.2018, na Octogonal, após depararem com o filho, de 6 (seis) anos, com o rosto deformado, a boca e lábios sangrando muito, impossibilitado de conseguir falar o que de fato havia acontecido e serem informados por terceiros de que (outra criança) havia batido nele, foram tomados por violenta emoção, que desencadeou na fatalidade.
Registra-se, ainda, que (os pais) estão bastante abalados com os acontecimentos e a grande exposição do fato pela mídia. Não bastasse, ambos vêm sofrendo ameaças de morte, injúrias e difamações pelas redes sociais. Diante das ameaças, já estão sendo tomadas as devidas providências, inclusive com a formalização de representação perante os órgãos de repressão criminal.
Por fim, a defesa informa que ambos estão extremamente arrependidos da fatalidade que ocorreu e cooperando da melhor forma para que se tenha um desfecho mais célere e justo possível. Nesse sentido, se houver o indiciamento, farão as defesas pertinentes perante o Poder Judiciário, tendo (o casal) o direito ao devido processo legal.