O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) desmarcou uma agenda que aconteceria no próximo sábado (15), em Campo Grande, no Rio de Janeiro, após ser noticiado de que o local seria o escolhido por milicianos para assassiná-lo. De acordo com reportagem do jornal O Globo, divulgada na tarde desta quinta-feira (13), a Polícia Civil interceptou plano de milicianos para o executar.
Segundo as informações, dois comerciantes e um policial militar teriam sido citados em um relatório confidencial da Polícia Civil como suspeitos de envolvimento para participar do assassinato. Ele seriam ligados a um grupo de milicianos da Zona Oeste, que é investigado pela Divisão de Homicídios (DH) pela morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes.
Um dos suspeito teria trabalhado como assessor e cabo eleitoral de um político investigado sob a suspeita de chefiar uma milícia na região. Marcelo Freixo foi o segundo deputado federal mais votado no Rio no pleito deste ano.
Em nota, a Delegacia de Homicídios da Capital pediu que seja mantido "absoluto sigilo das apurações realizadas" para garantir "o alcance dos autores e mandantes dos crimes investigados". Na agenda do sábado, que foi cancelada, Freixo iria se encontrar com militantes e professores da rede particular de ensino, no sindicato da categoria.
O deputado conta com proteção policiar desde que presidiu a CPI das Milícias em 2008. Ele recebeu inúmeras ameaças de morte. No relatório final da CPI, Marcelo pediu indiciamento de 225 políticos, agentes penitenciários, policiais, bombeiros e civis.