Com uma produção anual em torno de 5 mil toneladas de fios e cordas de sisal/ano, o Grupo Sisal Gomes iniciou as atividades no município de Conceição do Coité em 1967, trabalhando no beneficiamento da fibra de sisal. No decorrer dos anos, a empresa foi expandindo e, em 1978 deu inicio a produção de fios agrícolas (Beler Twine) utilizados no enfardamento de feno, fios comerciais e cordas de sisal. Na década de 90, inaugurou a unidade destinada à fabricação de fios e cordas sintéticas produzidos com polietileno e polipropileno, que hoje chega a quase 1 mil tonelada/ano.
Com pouco mais de meio século no mercado, o Grupo Sisal Gomes, com duas unidades fabris, garante 150 empregos diretos e outros 300 indiretos e tem cerca de 80% da produção destinados ao mercado externo – EUA, Europa e países do Mercosul. A outra parte é distribuída para atender todo o Brasil. A empresa, fundada por Agnaldo Ramos Gomes (Gina), falecido em 2008, faz parte da história do progresso e do desenvolvimento deste município, que conta com uma população da ordem de 70 mil habitantes.
Segundo os irmãos e empresários Agnaldo Ramos Gomes Junior e Fábio Gordiano Gomes, a oscilação do dólar tem prejudicado muito o mercado do sisal e que o bom seria o dólar estável, para que pudesse manter o preço sem variação de mercado. Eles disseram, ainda, que o quilo do sisal bruto está custando R$ R$ 3,30 enquanto o beneficiado varia de R$ 3,70 a R$ 3,80.
Os empresários garantem, que o município de Conceição do Coité, continua sendo o maior produtor na região de Identidade do Território do Sisal, que é formado por 20 cidades. Eles informaram, também, que a comunidade conta com três indústrias de grande porte na fabricação de fios e cordas, além de mais de uma centena de batedeiras de beneficiamento do sisal. Eles acreditam que em Coité, mais de 20 mil pessoas, ainda sobrevivam dos derivados do sisal.
Junior e Fábio comentaram, ainda, que a região de Campo Formoso vem se destacando no plantio de sisal e que a matéria prima que abastece a empresa, grande parte sai de Coité, outra parte vem de cidades vizinhas e da região de Campo Formoso, que tem como grande produtor o município de Cafarnaum.
Com a experiência de muitos anos de atuação na produção sisaleira, Junior e Fábio defendem uma maior ação por parte dos governos na recuperação da cultura do sisal, que já foi denominado “ouro verde”, por entenderem que o sisal ainda continua sendo um bom negócio para o crescimento, desenvolvimento e economia da região. “Apesar do produto estra passando por algumas crises por conta da seca e do mercado que sofre retração, mesmo assim continua sendo o sustento e ganho de milhares de famílias”, enfatizam.
Luz para Todos deverá tirar 70 famílias da escuridão
A situação é de desconforto e insegurança. Ruas escuras, noites mau iluminadas. Mas, esses problemas estão com os dias contatos. As cerca de 70 famílias que vivem na comunidade de Santa Luzia irão aposentar o candeeiro, a lamparina e o lampião para iluminar as noites. Essas famílias que moram na região do distrito de Juerana, há cerca de 50 quilômetros da sede do município de Caravelas, aguardam ansiosos pelas novidades. Na semana passada, o prefeito Sílvio Ramalho esteve no Ministério de Minas e Energia em Brasília, para verificar o andamento do projeto Luz Para Todos.
Na Capital Federal, o gestor esteve com Flamarion Souza Matos, diretor do Programa Luz Para todos, que indicou o projeto para "estudos de viabilidade técnica" e liberar os recursos para a execução da obra, da ordem de R$ 3,8 milhões. Os moradores de Santa Luzia, que vivem uma realidade muito diferente sem os confortos da energia elétrica, contam os dias na esperança de que o beneficio chegue à comunidade.
Segundo Silvio Ramalho, a chegada da luz à Santa Luzia possibilitará aos moradores viver um novo processo de transformação, a começar pelo conforto domiciliar, como a conservação de alimentos na geladeira. “A energia elétrica será fundamental para o desenvolvimento da comunidade e contribuirá de forma significativa para acabar a desigualdade social, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas que vivem aqui desprovidas desse tipo de beneficio”, relata o prefeito.