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Lançamentos trazem gato narrador e jovem leitora como protagonistas

Raul Moreira e Suênio Campos estreiam como romancistas com "Eu, Gregório" e "Histórias de Júlia", respectivamente

Foto: Divulgação
Raul Moreira estreia na ficção com um romance que mistura humor, tragédia e toques autobiográficos
Raul Moreira estreia na ficção com um romance que mistura humor, tragédia e toques autobiográficos

O jornalista e cineasta Raul Moreira lança na quarta-feira, no Palacete das Artes, na Graça, entre 17h30 e 21h30, sua primeira ficção literária, “Eu, Gregório” (Editora Noir). O romance tem como protagonista um gato.

E foi porque teve vários (Peri, Zizou, Neco, Celene) que Raul fez um livro dedicado a eles, in memoriam. “Independentemente da trama, quando escrevi o livro o fiz pensando na mística dos felinos e também nas pessoas que convivem com eles”, diz.

Gregório, o narrador da história, é um gato culto, letrado, que assimilou o conhecimento de Mimi, sua dona. Mas também dividido entre o bem e o mal, dubiedade que ficará exposta quando ela se descobrir portadora de uma doença desconhecida. 

Um livro com toques autobiográficos, que toca em questões fundamentais como vida e morte, e que acaba “sequestrando” o leitor, segundo o editor Gonçalo Jr., autor, entre outros, de "A Guerra dos Gibis". “Gregório é um gato que nos envolve, nos captura, nos faz cúmplices de sua tragédia”, diz Gonçalo. 

Quem comparecer ao lançamento de "Eu, Gregório", será recebido com cerveja artesanal e música da banda de jazz Geleia Solar e DJ Elettra.

Memórias de infância

O escritor, jornalista e professor universitário Suênio Campos de Lucena também lança livro esta semana, e se trata do seu primeiro romance, "Histórias de Júlia". Será no sábado, 1º setembro, na Biblioteca do ICBA (Corredor da Vitória), das 15h às 20h. 

Em "Histórias de Júlia", a narrativa se passa no ano de 1989 e é ambientada na fictícia Miosótis. É nela onde vivem Nem, o vira-lata Borges, o avô Benício e a jovem Júlia Andrade, cercada por milhares de livros e histórias. 

É na memória de Júlia que ficou tudo guardado: a mangueira do palacete, o velho Opala da família, os perfumes Rastro e Contouré, e também o flagra de um abuso de uma colega de escola. A saída é usar o livro "A Cor Púrpura" para salvá-la, mas nada sai como planejou. 

Ameaçada de morte, Júlia mente, tenta perder a virgindade, encara a dura verdade sobre seu passado e corre na ânsia de desmascarar o algoz. Em meio a muitos livros e filmes vistos no Cine São Francisco que ela tenta solucionar os problemas do (seu) mundo. 

Suênio é autor do livro de entrevistas 21 Escritores Brasileiros (Escrituras, 2001), do volume de contos Depois de Abril (Escrituras, 2005) e da novela Vermelho quase Laranja (P55, 2011). Integra as antologias Quartas Histórias, Capitu mandou Flores, Contos de Natal e 15 Cuentos brasileros, todos de contos.