A assessora de Marielle afirmou à Polícia Civil não ter percebido que o veículo em que estavam era seguido e não ter visto nenhum carro nem moto perto. O conteúdo do depoimento foi divulgado na sexta-feira, 16, pela TV Globo.
Cerca de dez dias antes do crime, segundo a emissora, uma funcionária de Marielle foi abordada de forma ameaçadora em um ponto de ônibus por um desconhecido. Em tom de ameaça, ele perguntou se a funcionária trabalhava com a vereadora. A mulher, que trabalhava administrativamente, estranhou. A assessora que estava com Marielle na hora do crime, porém, disse que a vereadora nunca havia relatado qualquer ameaça.
Segundo o depoimento, a assessora disse que Marielle costumava ficar no banco da frente, ao lado do motorista, mas naquela noite preferiu ir atrás para falar com a funcionária. Queriam escolher fotos do evento que haviam acabado de ir.
Na noite de sexta, a assessora publicou nas redes sociais uma homenagem à vereadora: "Estou viva. Mas a alma oca. A carne, ainda trêmula, não suporta a dor que serpenteia por dentro, num looping sem fim. Minha amiga, na tentativa de calarem a sua voz, a ampliaram ensurdecedoramente, em milhares de bocas. Para sempre. #MarielleVive", escreveu. Ela está escondida e sob proteção. O PSOL teme por sua segurança.
Família
Os parentes de Marielle poderão ter segurança profissional pelo menos até o fim da investigação. "A assessoria dela (Marielle) está vendo isso", disse ao jornal O Estado de S. Paulo na sexta a irmã da vereadora, a professora de Inglês Anielle, de 33 anos. "Acredito que vamos ter, mas não fomos ainda comunicadas oficialmente." Mas ela contou que a família não está se sentindo ameaçada. "Porque não temos resposta de nada ainda; até para saber se devemos ou não ficar com medo