Brasil / Segurança

Assaltantes matam 2 pessoas e ferem 3 na zona oeste do Rio

Os criminosos armados chegaram em um veículo anunciando o assalto

Três pessoas ficaram feridas e duas foram assassinadas em uma tentativa de assalto no bairro de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Os criminosos armados chegaram em um veículo anunciando o assalto e, em seguida, houve o confronto, segundo a Polícia Militar. Um dos assassinados foi o sargento Cristiano das Neves Souza, lotado no 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Niterói (RJ), que estava de folga.

A assessoria de imprensa da PM informou que na manhã deste domingo, 18, o 14º BPM "foi acionado para verificar ocorrência em rua do bairro Bangu, onde os policiais encontraram cinco pessoas feridas por disparos de arma de fogo, estando duas já em óbito".

Souza foi socorrido no Hospital Estadual Albert Schweitzaer, onde morreu.

Troca de tiros

Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Salgueiro, na Tijuca, zona norte do Rio, trocaram tiros com criminosos armados na manhã deste domingo, 18, informou a assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM).

O confronto ocorreu por volta das 9 horas da manhã. Segundo a assessoria de imprensa da PM, policiais realizavam patrulhamento pela Rua Junquilhos, um dos acessos à favela, berço da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, quando criminosos armados atiraram contra a guarnição.

"Houve confronto e os marginais fugiram. Até o momento, não há registro de presos ou feridos na ação. O policiamento foi intensificado na região do incidente", diz a nota divulgada pela assessoria de imprensa do comando das UPPs.

Penitenciárias

Diante de um cenário de instabilidade na segurança do Rio, uma série de medidas especiais estão sendo tomadas nas penitenciárias. Algumas delas, que já estavam sendo planejadas, foram antecipadas após o anúncio de intervenção federal na segurança pública do Estado, na última sexta-feira, 16.

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que a "intervenção abrange todos os setores da Segurança Pública e, dessa forma, coube ao Secretário antecipar algumas medidas de controle, na intenção de evitar qualquer reação da população carcerária". 

David Anthony Gonçalves Alves assumiu a Seap no dia 24 de janeiro. Desde então, mudanças na gestão dos presídios estavam em andamento, informou sua assessoria de imprensa. Ele afirma que aceitou o cargo para reorganizá-lo, "visando um novo modelo de gestão, promovendo maior integração com a Secretaria de Segurança Pública", afirmou. 

Representante dos servidores públicos nas penitenciárias do Rio, o Sindsistema Penal do Estado divulgou comunicado neste sábado, 17, no qual classifica como positiva a intervenção federal, mas afirma que a categoria não será "subserviente a vaidades". O sindicato ainda destaca a superlotação e insuficiência de pessoal nos presídios, que contribuiriam para agravar o estado de insegurança.

Força-tarefa no Ceará

O presidente Michel Temer determinou, neste domingo, 18, o envio de uma força-tarefa policial ao Estado do Ceará para "dar apoio técnico às forças de segurança estaduais nas ações de combate ao crime organizado". A informação é do Ministério da Justiça.

Em comunicado, a pasta explica que o destacamento será composto por 36 homens, sendo 26 da Polícia Federal e 10 da Força Nacional de Segurança Pública, e será chefiado pelo almirante Alexandre Mota, secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Segurança Pública. A ideia é que a força atue como um reforço às operações conjuntas de inteligência "diante dos últimos acontecimentos".

A ação no Ceará é uma resposta à onda de violência enfrentada no Estado. A população cearense tem presenciado uma guerra entre facções criminosas após uma chacina que deixou mais de uma dezena de mortos no fim de janeiro. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, embarcará o grupo às 22h deste domingo, 18, na Base Aérea de Brasília com destino a Fortaleza.

Em função da crise de segurança no Rio de Janeiro, na última sexta-feira, 16, o governo emedebista também decretou uma intervenção federal no estado fluminense, com duração até o fim deste ano. É a primeira do tipo desde a promulgação da Constituição Federal, há 30 anos. O general Braga Netto ficará no comando das polícias Civil e Militar, no lugar do governador do Estado, Luiz Fernando Pezão. A medida ainda terá de ser aprovada pelo Congresso, mas já está em vigor.