Salvador possui diversos "tesouros" que permanecem escondidos ou em anonimato até mesmo para os soteropolitanos. Além dos monumentos turísticos conhecidos, como Farol da Barra, Mercado Modelo e Elevador Lacerda, outros artefatos que fazem parte da história da capital baiana carregam histórias curiosas e estão dispostos em toda a cidade.
Este é o caso do busto de Ludwik Lejzer Zamenhof, restaurado pela Prefeitura através da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal).
Situado no Largo de São Bento, na Avenida Sete de Setembro, homenageia o médico criador do esperanto, um idioma elaborado a partir de outras línguas e que pretendia ser universalizado para facilitar a comunicação entre as nações.
A obra foi restaurada e entregue à população em outubro de 2017. E mais: além da beleza, a história da peça pode ser conhecida através da tecnologia digital.
A iniciativa faz parte do programa #Reconectar, que visa restaurar monumentos emblemáticos da cidade e conectá-los a baianos e turistas utilizando placas informativas com QRCode. Através da leitura do código por dispositivos móveis, a ação apresenta informações sobre as obras, autores, contexto e curiosidades.
Desde o início do programa, o #Reconectar já entregou 26 obras restauradas e com selos QRCode para permitir que os mais atentos mergulhem num universo cultural.
Dentre os monumentos recuperados estão o Cetro da Ancestralidade (Rio Vermelho), que faz referência à herança africana em Salvador, e os bustos do músico e poeta Catulo da Paixão Cearense (Fazenda Grande do Retiro), do representante do movimento antiapartheid Nelson Mandela (Liberdade) e do advogado defensor dos pobres Cosme de Farias (Cosme de Farias).
Opiniões – A administradora Manoela Coelho, 37 anos, que mora em São Paulo, veio a Salvador pela primeira vez. Ao visitar o Pelourinho, ela testou o QRCode do monumento à Zumbi dos Palmares, que fica localizado no Centro Histórico. "É fácil de usar. Pra mim foi bom porque pude ensinar a meu filho quem era Zumbi usando tecnologia, que é uma coisa que ele gosta", destacou.
Na região do Centro, existem diversas peças históricas já identificadas com o QRCode. Dentre elas estão a Fonte Cibernética, Thomé de Souza e Pero Fernandes Sardinha, no Centro Histórico; Barão do Rio Branco e Relógio de São Pedro, na Piedade; e o busto e o obelisco de Dom João VI, no Largo Dois de Julho (Campo Grande).