Ahh! Meu lindinho, não adianta ficar chorando de saudade. Estou indo passar uns dias em Sumpaulo, junto a Ana e Paulo, meus maninhos queridos. Eu sei que é difícil para você sobreviver sem essa minha figurinha carimbada, mas aguente a saudade. Vou pra Sampa e fico até a Semana Santa.
E já tracei previamente meus roteiros. Turísticos e gastronômicos, lógico. Começando – e terminando – pelo Restaurante Almanara, da tradicional e deliciosa comida árabe, que eu amo de paixão. Já estou me vendo com aquele prato sedutor de charutinhos de folha de uva na frente. Nhammm! Vou ver se consigo, nhammm! a receita para vocês. Me aguardem.
Mas vou também ao bairro da Liberdade, pois adoro aquele ambiente japonês, as belas luminárias, e todos aqueles restaurantes exóticos, com as deliciosas comidas do além-mar. Ah! Também passo para matar as saudades dos restaurantes do Bexiga e do... ops, eu não estou indo a Sumpaulo somente para comer, não, mente impura. Vou pra matar saudade e dar um beijo no meu irmãozinho, que faz aniversário dia 3 de abril.
E que já tirou férias da Medicina, para sair com as maninhas ‘fogueteiras’. Vai se ver doido, coitado. Porque além do roteiro já citado, gosto de andar de carro pela cidade, ver o Parque do Ibirapuera, andar na Av.Ipiranga e cruzar com a São João, visitar as feiras de artesanato. A minha irmã, que também gosta de tudo isso, ainda quer passar em lojas, tanto de grife quanto nas populares, como na 25 de março e no Brás. Rever os encantos de Sampa é, enfim, uma prova de resistência e uma aventura deliciosa.
Na sequência, vamos passar uns dias no litoral, em São Vicente, curtindo a praia com suas ondas mansas, as ruas calmas e com acessibilidade. Depois dar uma ‘esticada’ até Santos para apreciar o que lá tem de melhor: vistas lindas, lugares gostosos. A gente vai a todos os lugares, museus, bares e restaurantes, onde eu como de tudo para conhecer – só para conhecer, e para trazer a informação para você, meu leitor amadinho. (E trate de tirar esse sorriso cínico e incrédulo da cara, que eu não sou gulosa).
O roteiro ainda inclui as lindas cidades Campos de Jordão e Holambra, a terra das flores. Vou ‘correr as coxias’. Adoro viajar! Ah! Estamos pensando até em passar uns dois ou três dias no Rio de Janeiro, pois quero conhecer o Museu do Futuro e matar saudades da Cidade Maravilhosa e dos meus amigos, Roberto Nascimento e Eni Lane, arquiteta que projetou a minha casa. Vamos ver se o tempo ‘estica’ e dá para fazer tudo. Se não, vou ter que tirar outros dias de férias da Setur para ir bater pernas no Rio.
Agora que o gostosinho está morto de cansado com os meus roteiros, vamos relaxar saboreando este delicioso bolo de aipim, que para os paulistanos, o nome é ‘mandioca’. Peço sempre para prepararem esse bolo para mim. É uma receita tradicional da culinária baiana, que consta do volume Sabores da Bahia, publicada pelo Governo do Estado. Faz, e me chama para experimentar, meu gostosinho, que você ainda ganha um ‘xêro no cangote’ (desejando que sua santa esposa não nos flagre. He-he!).
Bolo de Aipim
(chamado de ‘mandioca’ pelos paulistanos)
Ingredientes
-- 1,3 kg de raiz de aipim (para obter 1k da massa do aipim)
-- 200g de açúcar
-- 50g de manteiga derretida
-- 500g de coco ralado
-- 1 gema
-- 1 xícara de leite de coco
-- 1 colher (chá) de sal
Modo de preparar
-- Ralar o aipim ou passar no liquidificador. Sempre que optar pelo liquidificador, espremer o aipim para retirar o excesso de água e goma;
-- Colocar o aipim (ralado ou passado) numa vasilha com todos os ingredientes e misturar até formar um creme.
-- Levar ao forno por 40 minutos, em fôrma ou assadeira untada com manteiga, e regar com uma mistura de leite de coco, açúcar e sal. Saborear sentindo o gosto da Bahia, que completou 468 anos de cultura, história e sapiência, idade também da gostosura e charme das baianas.