Pedro Oliveira

Coluna do dia 28/01/2017

Robinho, dois anos em defesa do municipalismo

Autor de importantes projetos na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Carlos Robson Rodrigues, o Robinho (PP), representante da região do Extremo Sul da Bahia, faz um balanço dos dois anos do primeiro mandato como parlamentar. “Foi muito útil e proveitoso poder ajudar alguns parceiros prefeitos, vereadores e lideranças política, abrindo portas junto ao governo estadual. O deputado é como se fosse um vereador no município. O vereador, com acesso ao prefeito, e o parlamentar, ao governo. Se o vereador não é da base e não tem acesso ao gestor, pouco pode fazer por sua comunidade. Assim é o deputado. Mesmo com as dificuldades econômicas que os estados e o país enfrentam, tenho conseguido algumas conquistas e ajudado os municípios através de emendas parlamentares e programas governamentais. Entre os projetos que apresentei no plenário da Casa, destaco o que acabou com a cobrança de vistorias veiculares e que obrigava os proprietários de veículos novos a fazerem vistorias anualmente. O mesmo acontece com a emenda que fiz na lei que cria os consórcios na Bahia. Antes, os municípios consorciados não poderiam desistir. Agora, com a emenda na lei, o município que se achar prejudicado, não é obrigado a permanecer e pode sair sem que haja prejuízos, o que antes era vetado”. O deputado informou, ainda, que nos próximos dias estará apresentando no plenário, projeto de lei que visa facilitar a legalização das terras devolutas no estado.

Deputado diferenciado.

A falta de credibilidade dos políticos devido aos constantes escândalos de corrupção no país - o que tem desmoralizado a classe -, não preocupa o deputado Robinho, que nesses dois anos de seu primeiro mandato, tem feito um trabalho diferenciado e voltado à defesa do municipalismo. O parlamentar garante que tem procurado ser mais presente nos municípios, mais participativo e ser mais atencioso para com as pessoas, tem agendando audiências e visitado, ao lado dos prefeitos, as secretarias estadual e as bases eleitorais nos municípios que o representa.  “Em todos os segmentos da sociedade, existem políticos e apolíticos. Tem políticos sérios e comprometidos em resolver os problemas das pessoas e da sociedade, situação em que me encaixo. Mas tem políticos que não estão nem ai para as pessoas, os municípios e só se preocupam consigo mesmo. Meu lema é trilhar pelo caminho do bem, independente do rumo que os demais tomem”, diz Robinho, lembrando que tem um pensamento diferente de grande parte da classe política.

Teixeira de Freitas quer linha aérea para Salvador

O representante da região do Extremo Sul comentou ainda, que a população desta parte da Bahia tem clamado muito pela necessidade de uma linha aérea entre Salvador/Teixeira de Freitas, devido ao potencial turístico e econômico da região. “Já temos uma empresa que presta este tipo de serviços entre Teixeira de Freitas e Belo Horizonte. Eu que moro em Posto da Mata, é muito desgastante ter que andar 1.000 km de carro para chegar a Assembleia Legislativa, em Salvador, todas as semanas e mais 1.000 para voltar para casa. Se existisse esse serviço, melhoraria tudo”, comentou o parlamentar que tem cobrado, também, a implantação de um hospital regional em Teixeira de Freiras, bem como a melhoria das rodovias que cortam esta parte do Estado.

Não sou de ninguém

Sem “papas na língua”, o deputado Robinho (PP), que esta de malas prontas para trocar de legenda, abre o verbo sobre o presidente estadual da agremiação. “Acho que devemos estar no partido quando tem um líder. E o partido que estou atualmente, vejo que o presidente estadual não tem dado apoio e atenção que eu acho que deveria ter dentro da agremiação. Não quero apoio maior que os outros e um tratamento igualitário para todos. Acho que temos que admirar alguém e enxergar ele como líder e vejo hoje outras pessoas como líder. Entendo que, na política, tem uma hierarquia. Em meu município, tenho certa liderança. No estado, tenho que enxergar uma pessoa que me lidere e isso eu não vejo. O presidente estadual do PP, não o vejo como meu líder. Tenho respeito a ele, tenho bom diálogo, mas a forma dele fazer política não é a forma que entendo como coerente. Se pode fazer, vamos fazer. Se não pode, não adianta ficar empurrando com a barriga, protelando os problemas. Eu sou muito positivo e objetivo e quero admirar alguém dessa forma. Só estou aguardando o momento certo para que possa mudar de legenda dentro da legalidade”, desabafa Robinho.

Rui Costa toma medidas corretas e corajosas, diz deputado

O parlamentar fala também do bom relacionamento político com o governador Rui Costa e garante entender as atitudes que ele tem tomado em consequência da crise que atinge os estados e o país. “São medidas corretas e corajosas. Dizendo sim quando pode, e não quando não pode. Isso é ruim para o deputado, mas a gente nem sempre faz o que é bom. E ele tem feito isso com muita transparência”, explica. Robinho destacou a importância das policlínicas que vem sendo construídas pelo interior da Bahia, nos polos de saúde, a exemplo da que vem sendo feita na cidade de Teixeira de Freiras. “Esse é um projeto que deu certo no Ceará, e tem tudo para da certo na Bahia. Acho que temos que copiar o que deu certo lá fora. Não sou a favor de querer criar ou inventar. Sou muito de plagiar as coisas que estão dando certo”, concluiu.

 

Prefeito de Monte Santo que atrair indústrias para o município

“O prefeito que perder o controle das contas nesse primeiro mês de mandato, vai continuar perdido pelos próximos 47 meses de mandato”. O alerta é do novo prefeito do município de Monte Santo, Vando (PSC), ex-deputado estadual, lembrando que dentro de mais alguns dias estará indo a São Paulo conversar com alguns empresários que tenham interesse em investir no semiárido. “Vamos propor isenção de 25 anos e ceder áreas para instalação da empresa no município, para que possamos gerar renda e emprego para o povo. Pode ter certeza que, junto aos governos estadual, federal e as organizações não governamentais, vamos tentar viabilizar recursos para fazer um grande governo, como fizemos de 2009 a 2012, na gestão do ex-prefeito Everaldo”, pontuou Vando. Para conter gastos nesse momento de crise, o prefeito baixou, no dia 2 de janeiro, decretos demitindo todos os cargos de confiança, contratados e gratificações que não estão dentro da legalidade, além de um recadastramento para analisar a situação dos funcionários. E os recursos economizados, serão investidos na saúde, educação e infraestrutura, entre outros segmentos da administração.

 Legal porém imoral

Ser prefeito no Brasil deixa transparecer que continua sendo bom negócio para melhorar as condições de vida financeira de familiares e de amigos próximos ao gestor - uma prática comum na política -, sem que sejam incomodados pelas leis fajutas que nunca funcionaram no país. Em alguns municípios da região de Identidade do Território do Sisal, já deu para perceber, nesses primeiros 26 dias de 2017, que alguns gestores eleitos no pleito de 2 de outubro, vem administrando a prefeitura como se fosse uma empresa de sua propriedade ou a extensão de sua casa. Pode ser, aparentemente, legal, mas que é imoral, não restam dúvidas. Os prefeitos negam crime de nepotismo, a despeito da lei de combate ao nepotismo que impede a contratação de parentes próximos em até terceiro grau, e garante que tudo são feito de acordo a vigente lei. Segundo um especialista em administração pública, os gestores esquecem que eles foram eleitos - e são muito bem pagos - para cuidarem da população e não para usar o cargo em benefício de familiares, amigos e correligionários, ocupando inúmeros cargos da prefeitura.