Mercado do sisal também sofre com a crise mundial
Formado em Administração de Empresas pela UNIFACS, o empresário e exportador, Mauricio D’Araújo, da Sisaex, possui 30 anos de atuação no mercado de sisal em Conceição do Coité. Segundo ele, a lavoura de sisal, principal produto agrícola da região, conhecida como ‘’região sisaleira’’, está passando por um momento delicado. ‘’Além da seca, que está prejudicando a lavoura, tem-se, também, que no mercado externo, o grande mercado desta commodity, a demanda está reprimida e a queda de preço lá fora acentuou-se, o que vem acontecendo desde o início de 2016. Somando-se a isso, com a baixa do dólar, pode chegar ao ponto de inviabilizar os negócios”, disse. Visto que a moeda americana baixou 17,69 % no ano de 2016 e continua caindo neste início de ano, o que prejudica todos os exportadores. Consequentemente, diante desse cenário, o mercado de sisal vem sofrendo um período difícil. Para Mauricio, este é um momento para reflexão: hora de estudar o mercado tanto de compra, quanto de venda. Sem apoio do Governo, o setor está desassistido. “Tudo é feito somente pela iniciativa privada, lamenta Mauricio.
Produto com mil utilidades
O sisal é uma planta bastante versátil. Além da exportação da fibra, ele é usado para fazer fios, cordas, cordéis, barbantes, tapetes, artesanatos e nas aplicações de gesso da construção civil. O fio agrícola que chamamos de BalerTwine, é utilizado em grande escala no enfardamento do feno. Quanto ao artesanato, embora a Bahia seja o maior produtor da fibra no Brasil, Minas Gerais lidera a produção artesanal. “É preciso incentivar esse setor”, alerta o produtor, exportador e industrial, Mauricio D’Araújo, da Sisaex. Para ele, o que mais prejudica é a falta de incentivo do governo. “Recentemente, vivemos dois anos bons: 2014 e 2015. A demanda externa foi bastante aquecida. O preço da fibra de sisal ultrapassou as expectativas e ninguém nunca imaginou que alcançasse US$ 1 mil a tonelada e fosse vendido a US$ 1.650,00 a tonelada FOB. Issonunca aconteceu na história do mercado do sisal brasileiro”, mas atualmente a realidade é outra e os preços externos já despencaram em média US$ 400,00/ton.
Os preços baixaram, mas ainda é uma alternativa
Em Conceição do Coité, o sisal bruto ao produtor custa R$ 2,20. No mercado interno, o produto é vendido para beneficiadoras, exportadoras e indústrias. Já no mercado externo, o sisal é vendido para vários países, sendo o principal mercado da fibra, a China, e dos derivados do sisal, os Estados Unidos. Na Europa os derivados do sisal perderam espaço para os fios e cordas sintéticos, seu grande concorrente e ameaça na fabricação de fios, cordas, barbantes, cordéis (BalerTwine), entre outros. O mesmo vem acontecendo nos Estados Unidos a cada ano. “No momento, o produtor não está desmotivado porque estamos vivendo uma crise de desemprego bastante elevada em nosso país. Fala-se em 13 milhões de desempregados, então as pessoas da região não tem outra opção, e o sisal continua sendo uma alternativa. Para se ter uma ideia, o preço mínimo do sisal na Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é de R$ 1,71. No distrito de Salgadália, na mão do produtor, é de R$ 2,20 a R$ 2,30. Em algumas regiões esse preço chega até R$ 2,40. O preço ao produtor não está tão ruim como se imagina. Ainda é um bom negocio trabalhar na lavoura sisaleira”, avaliou Mauricio D’Araújo, da Sisaex.
Bahia é o grande produtor nacional
O Brasil figura como o maior produtor de sisal do mundo, e a Bahia é o estado maior produtor da fibra, seguido da Paraíba, e Rio Grande do Norte, em menor escala. Os municípios que mais produzem sisal na Bahia atualmente ficam na microrregião de Jacobina e na região sisaleira, onde destacam-se Santa Luz e Araci, seguidas de Conceição do Coité, Valente, São Domingos e Retirolândia. A Bahia detém 95% da produção nacional, lembra Mauricio D’Araújo. Atualmente a Sisaex conta com 234 funcionários, mas já chegou a um número maior. Além disso, a Bahia conta com cerca de dez exportadores de sisal e derivados, sendo que a região sisaleira é a maior detentora deles.
Deputado Robinho visita bases e recebe boas vindas da população
O deputado estadual Robinho PP, representante da região do Extremo Sul na Assembleia Legislativa da Bahia, visita neste sábado, os municípios de municípios de Ipiaú e Dário Meira, aonde se reunirá com os prefeitos, vereadores e lideranças politica. O parlamentar marcará presença também, a comunidade de Ibitupã no município de Ibicuí. No domingo (08), é a vez de se encontrar com os prefeitos, vereadores e lideranças dos municípios de Potiraguá e Ibicuí. Ontem, em Ibirapuã, o representante do município na ALBA, deputado Robinho, conversou com o prefeito, vereadores e recebeu de populares e simpatizantes, as boas vindas de um ano novo que se inicia. No 1º dia deste ano, o parlamentar esteve participando das posses dos prefeitos: Silvio Ramalho - PMDB (Caravelas) e José Carlos Simões - PDT (Mucuri).
Vereador de Queimadas quer resgatar tradições e apoiar as crianças e adolescentes
Com projetos e ações focadas para as áreas de saúde, esporte, lazer e cultura, o vereador Valmir Bezerra da Silva (PSD), eleito em 2 de outubro com cerca de 600 votos, disse que tem como meta principal de trabalho na Câmara Municipal de Queimadas, a saúde, por saber que ela é fundamental à vida do ser humano e por entender que a pessoa sem saúde, não consegue nada. Ele também pretende atuar nos setores de esporte e lazer. Para essas pastas, o vereador vem elaborando importante projeto que visa na implantação de uma escolinha de futebol, música e capoeira, no bairro da Ponte Nova, como forma de atender e incentivar as crianças e adolescentes desta parte da cidade, na pratica de atividades educativas, como forma de prevenir que eles venham a enveredar pelo lado das drogas e prostituição infantil. Para colocar esses projetos em prática, Valmir Bezerra já manteve contato com um professor de capoeira e o maestro da filarmônica do município. Outra preocupação do vereador está ligada ao resgate das tradições culturais da comunidade, a exemplo da festa de São Marçal e da lavagem da igreja Santo Antônio, padroeiro do município, que perdeu suas identidades ao longo dos últimos anos.