Um, dois, um, dois! Ufa! Já estou mortinha, me preparando para as Olimpíadas. Colé a sua, véio? Porque esse arzinho de gozação? Eu sou atleta, cara, só estou um pouquinho destreinada porque o tempo não para. Mas, com esse meu corpitcho de sereia, poderia muito bem levantar uma medalha em Natação. Meu professor Sidney, da escola de natação Golfinho, tá aí para atestar. Pena que a Gofinho, que era na Dorival Caymmi, foi vendida. Foi aí que eu fiquei fora de forma. Mas vou voltar. E vocês ainda ouvirão falar desta grande atleta. Um, dois, um dois. Ufffa!
Entre um suor e outro, fico olhando as coisas deste nosso país em crise. Quase caio quando me contaram que para a tal de tocha olímpica passar numa cidade, a prefeitura tem que desembolsar um monte de ‘mil reais’. Algumas muito mais, outras pouco menos, a depender do tamanho da cidade. Quem aguenta? Por uma voltinha de duas ou três horinhas, desembolsar uma grana. Inda mais com as nossas cidades quebradas e carentes. Deviam dar uma surra (nas urnas) no Prefeito por aceitar essa fanfarronice. E eu pensando que a tocha passa para incentivar o patriotismo e divulgar a Olimpíada. Sou mesmo uma inocente.
E o Rio de Janeiro, que vergonha! Sabemos que haverá Olimpíada há muito tempo. E só na hora que liberam os apartamentos para hospedagem dos atletas é que se descobre que tá tudo mal acabado. A delegação da Austrália reclamou de fiação exposta, dos sanitários sujos e bloqueados, vazamento de água pelo teto, escuridão. E o prefeito do Rio, numa piada de mau gosto – para esconder a sua incapacidade – diz que vai arranjar uns cangurus para acalmar os atletas. Grã Bretanha, Suécua, Nova Zelândia, as reclamações se sucedem. É assim que o tal prefeito quer atrair os turistas?
Depois dizem que nós, baianos, somos ‘metidos’. Garanto que os atletas e turistas que vierem para cá vão ser tratados a pão-de-ló, ou melhor, a acarajé bem quentinho, abará, punhetinha (que é o bolinho de estudante, mente suja) e denguinho baiano. Vamos deixá-los ‘caidinhos’, para eles voltarem todo ano trazendo família e amigos. Nós somos uns docinhos de coco e os gringos babam por nós, he-he!
Estou preocupada porque a seleção da Alemanha vai jogar aqui. Crendeuspadre! Será que vão nos dar outra surra? Outro 7 a 1 eu não aguento, véio. É demais pra minha saúde. Até hoje eu não digeri aquela ‘lavagem’. O Brasil, Penta Campeão do Mundo, tomar de sete a um, numa Copa do Mundo... É pra matar um brasileiro do coração. Ainda bem que o futebol feminino vai acontecer aqui também. E nós, mulheres, estamos com a bola toda, vamos dar um belo espetáculo e fazer muitos gols.
Aliás, a vitória das mulheres não só no futebol. Até na PM já começamos a ocupar o lugar que nos é devido. Desde sexta-feira, 23, o policiamento da região do Rio Vermelho e Ondina está sob o comando da major Cleydi Milanezi, que assumiu a 12ª Cia Independente da PM da Bahia. O coronel Kerjean Lopes, registrou que a PM está quebrando mais um paradigma. “A todo momento observamos as mulheres galgando postos elevados nas organizações e não poderia ser diferente na Polícia Militar. A major Milanezi é a primeira oficiala superior a comandar uma companhia independente”. Eu vibrei com a novidade.
E a major Cleydi deixou claro que está preparada para a chegada dos turistas e das olimpíadas. Na sua fala, ela disse ser ‘natural o frio na barriga’ ao assumir a nova responsabilidade, mas que está pronta para fortalecer parcerias com as comunidades. “Cheguei ao posto de major, que pede comando. E terá”. Fiquei fã. Mulé retada é assim, Meu abraço e muito sucesso na sua missão, oficiala. Estamos torcendo para que tudo corra bem sob o seu comando.
Para completar a emoção neste final de julho, teve até um ‘homem-bombom’, digo ‘homem-bomba-bombom de gengibre’ ameaçando explodir o prédio onde haveria a prova para a OAB. Tinha que ser na Bahia. Não entro no mérito dos motivos que levaram o cara a fazer isso, mas, alguém se encher de bombom de gengibre dizendo que é para explodir o local e impedir o concurso da OAB porque ele já havia perdido 18 vezes, só em Salvador. E ele não tinha nem um traque, nem um traquinho massa, daquele de bater no chão?, perguntei abismada. Nã-nã-ni-nã-não. Não tinha. Só gengibre. Lembra a música 'Só se vê na Bahia'.
Rezando para a Alemanha nunca mais pegar o Brasil para dar de 7 a 1, vamos preparar esta deliciosa torta alemã da Chris Pazine, receita do Culinária e Receitas, que me foi enviada pelo meu caro Mauro Rebelo. Experimente, meu amorzinho, e veja porque os alemães comem tão gostoso. A torta. Beijins.
Torta Alemã
Ingredientes:
200g de manteiga
1 xicara (chá) de açúcar
1 lata de creme de leite (sem soro)
1 pacote e meio de biscoito maisena
1/2 xíc (chá) de leite (para umedecer os biscoitos)
Preparo:
- Bater a manteiga e o açúcar até esbranquiçar.
- Misturar delicadamente o creme de leite (e reservar).
- Forrar uma forma redonda desmontável com papel alumínio, para facilitar na hora que for desmontá-la (soltá-la).
- Fazer uma camada de biscoitos embebidos no leite por e por cima colocar a camada de creme. Pode depois colocar também uma camada de ganache, e ir intercalando nessa ordem de camadas, terminando com a camada de creme, aconselha Cris, a criadora da receita.
- Levar a geladeira por cerca de quatro horas. E depois pode desenformá-la.
Ganache:
200g de chocolate meio amargo picado
1 lata de creme de leite (sem soro)
- Derreter o chocolate meio amargo em banho maria e acrescentar o creme de leite delicadamente até obter um creme liso e homogênio (reservar). Colocar a calda por cima.
Calda:
1 copo (geléia) de chocolate em pó
1 copo (geléia) de leite integral
1/2 copo (geléia) de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga
- Levar todos os ingredientes ao fogo, até formar uma calda. Deixar esfriar e colocar por cima da torta depois das 4 horas de freezer e desenformada (importante). Após desenformá-la e colocar a calda, manter na geladeira até servir. Bom apetite!