Com a chegada de um novo ano, também surgem novas esperanças para os tão concorridos concursos públicos. A recente abertura de importantes certames a nível nacional, como os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), gerou uma maior procura por métodos de estudo, segundo o diretor do preparatório Nuce, Aquiles Albino.
“Quanto mais distante entre a abertura do concurso e a realização da prova, mais pessoas se matriculam em cursinhos para uma preparação mais eficaz”, explicou Aquiles.
O professor Evandro Guedes, referência em preparação para concursos, lista nove dicas para quem sonha com uma vaga no sistema público. Guedes estará em Pernambuco, no Centro de Convenções, no próximo dia 23, para um treinamento de como passar em certames.
Confira as dicas:
-- Saber qual a carreira seguir
Antes mesmo de começar a estudar, escolha uma área com a qual tenha afinidade. Quem almeja ser policial, por exemplo, tem que ter em mente que além das provas objetivas, existem provas físicas e psicológicas que demandam uma preparação toda especial. Dessa forma, se o candidato não tem vocação para área, não deve se aventurar simplesmente pelo dinheiro.
-- Cerque-se dos melhores
Quando se começa a estudar, o mais importante é escolher o apoio de um bom curso preparatório. E o primeiro passo para essa escolha é observar resultados concretos: quanto maior for o índice de aprovação da instituição, maior a certeza de que você deve fazer parte do time.
Materiais de qualidade, professores renomados e organização são outras variáveis que servirão para confirmar a sua escolha. Estudar por estudar gera fracassos gigantescos.
-- Conhecer a banca examinadora
Saber o estilo da banca que irá aplicar a prova é sem dúvida parte fundamental do jogo. As bancas mais conhecidas são CESPE/UNB, FCC e ESAF. Entenda o estilo das provas.
A CESPE, por exemplo, tem uma formatação em que uma resposta certa anula uma resposta errada. Geralmente são 120 questão mais uma redação de até 30 linhas. Acredite, na prática, quem não conhece a formatação da banca está fadado ao fracasso.
-- Ter paciência
O aluno leva cinco anos para concluir a faculdade e não tem paciência de estudar por três anos para passar em bom concurso. A relação é que quando nos formamos nada está garantido, mas quando passamos em um concurso o cargo é para a vida toda. Então, o lema é ter paciência e siguir estudando.
-- Constância nos estudos
Os alunos geralmente passam dois a três anos estudando para um concurso. Segundo Evandro, não se trata de há quanto tempo se começou a estudar, e sim, de há quanto tempo a pessoa vem estudando.
-- Perseverança
Ter perseverança é saber que vai fracassar algumas vezes antes de vencer. A regra do concurso é ser reprovado. O lado bom é que você só precisa passar uma vez. Enxergar cada concurso como um treino e ter certeza que a cada treino o aluno fica mais forte é um bom incentivo.
-- Técnica de estudo
O estudo para concurso foi profissionalizado, o que quer dizer que já não tem espaço para amadorismo. Saber estudar é fundamental. Quem não conhece o edital, não conhece um bom plano de estudo e, consequentemente, não possui as "ferramentas" necessárias para passar.
-- O plano de estudos
Uma vez que se tenha técnica certa em mãos é necessário criar um plano. E criar um plano de estudos nada mais é que adequar aquilo que funciona para todos à sua realidade particular. Isso significa rotina, horários e comprometimento.
É preciso saber exatamente o que fará de segunda a domingo. E um bom plano não trata apenas das obrigações, é necessário que o lazer também seja planejado. Acredite que planejar é a melhor coisa que se pode fazer e o reflexo disso é a aprovação.
-- Motivação
A motivação tem duas vertentes: a primeira diz respeito ao aluno novo. Esse precisa ter 40% de motivação e 60% de técnica. No início estar empolgado e aprender a estudar é fundamental, pois é essa motivação que vai segurar o aluno nos momentos de desânimo.
Por outro lado temos o aluno antigo, esse inverte a conta, a técnica já está nele e a estrada já tem três a quatro anos. Assim, a motivação chega a compor 60% a 80% da preparação.