Brasil / Segurança

Bandidos com apelido de "Ben 10" causam divergência entre polícias

Enquanto a Polícia Federal dizia que o suspeito tinha participação em sequestro de casal, a Polícia Civil negava a informação

As polícias Civil e Federal divergiram ao longo de toda esta terça-feira sobre a real indentidade do homem preso no dia de hoje. Um traficantes, conhecido como "Ben 10", foi encontrado numa casa em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ao lado do também traficante Léo do Aço. A alcunha do suspeito provocou uma confusão sobre seu passado e presente na vida do crime. Toda a confusão deriva da existência de um outro procurado com o mesmo apelido, suspeito de participação no sequestro de um casal. A filha deles foi encontrada na estação Alvorada do BRT em agosto deste ano. A PF apontou o Ben 10 preso hoje como envolvido no crime, mas a Civil negou a autoria. 

O Ben 10 capturado nesta terça na ação conjunta entre Bope e Polícia Federal vinha sendo investigado pelos agentes da Polícia Federal desde janeiro deste ano, na Operação Denominação, que prendeu os traficantes Carlos Eduardo Freire Barboza, o Cadu Playboy, e João Paulo Firmiano Mendes da Silva, conhecido como Russão da Mangueira. Ben 10 é apontado como chefe do tráfico no Engenho da Rainha, na Zona Norte e como um dos fornecedores de armas para traficantes da Região dos Lagos. O curioso é que a mesma PF que prendeu divulgou que o suspeito teve participação no sequestro do casal. 

Mas, de acordo com policiais civis, é Emiliano Vieira Viana da Silva, também de apelido 'Ben 10', o homem suspeito de sequestrar o casal Nardyne Nunes Dias e Deonir Lima Sales que foi encontrado morto na Favela do Rola no dia 13 de agosto na Favela do Rola, em Santa Cruz. Eles foram mortos barbaramente: tiveram os corpos esquartejados com uma serra elétrica. O suspeito está foragido. 

De acordo com a investigação policial, o casal foi morto porque os traficantes do Rola acrevitavam que Nardyne e deonir eram informantes de uma milícia que atua na região. A irmã e mãe de Deonir teriam sido expulsas da comunidade. O Disque-Denúncia oferece R$ 1 mil por informações que levem ao suspeito.