Brasil / Economia

Brechós invadem a internet

As antigas lojas de quinquilharias ou dos produtos de ?segunda mão? estão sendo convertidas em concorridas lojas online

As antigas lojas de quinquilharias ou dos produtos de “segunda mão” estão sendo convertidas em concorridas lojas online. Muitas já invadiram a Internet com sites e blogs, mas todas mantendo perfis, como se diria de filiais, nas redes sociais. Os brechós - físicos ou virtuais - tornaram-se nos queridinhos da hora, proporcionando crescente valorização a peças antigas, principalmente do universo do vestuário, acessórios ou em obras de arte, artesanatos e mobiliário.

Em meio à condição dramática (diga-se, no limite da tragédia) da economia, pode-se até parodiar a expressão To or not to be, that is the question - Ser ou não ser, eis a questão - como presumiria a vã filosofia do personagem Hamlet, de Shakeaspeare, sob a certeza de que “ser ou não ser” já não é a questão mas, “that is the fashion”, um atributo da moda.

Além de peças novas, seminovas e preços atraentes, a exclusividade é uma das características que mais atraem a atenção, nos sedutores produtos oferecidos em brechós, virtuais ou não. Comprar sem sair de casa consolida-se como uma tendência da hiperconectada contemporaneidade, desde que o catálogo telefônico foi trocado pelos sites de busca e as vitrines de lojas por telas de computador e smartphones. Há quem ainda desconfie da qualidade dos produtos, na medida em que as peças chegam a custar menos da metade do que valeriam nas butiques das avenidas ou dos shopping centers. 

Mas a virtualidade tem possibilitado uma série de benefícios, como a de poder pesquisar rapidamente itens de diversos brechós e, avaliado o custo do frete, efetuar a compra e receber o pedido em casa, sem complicações. Fotos, preços, descrição e preço geralmente acompanham a exibição virtual – como se diria de uma vitrine – tornando a consulta e a escolha dos itens algo super prático.

Conforme a criadora do Brechó Compritchas, Gláucia Figueiredo, que tem como sócia, Clarice Sangalo, a idéia de criar o brechó virtual ocorreu “quando numa certa manhã, ao arrumar meu armário, percebi a quantidade de coisas acumuladas ainda em bom estado de conservação e que não me interessavam mais. Sempre tive o costume de doar tudo o que não estivesse em uso, para a energia circular mesmo, mas desta vez foi diferente: eu queria tirar coisas de marca e não tive coragem de doá-las para quem não as valorizasse. Afinal de contas o valor de um produto de marca é puramente conceitual e só interessa a quem está atento a isso, não é mesmo? Mas não foi só isso. O comércio por si só nunca me atraiu, mas a idéia da troca, do reaproveitamento do que não está sendo usado, do não desperdício, me agradou demais”. E ela conclui que “Sustentabilidade é fashion!”.

O uso de peças do vestuário ou o recurso a acessórios de decoração e tudo que diga respeito à tendência vintage - referente a algo clássico, antigo, de excelente qualidade e vinculado a um estilo de vida que remete aos anos 1920 e até meados da década dos 60 – tem exercido enorme fascínio para quem deseja exibir um visual exclusivo, embora recheado de antiguidade, como se a circunscrever uma antropologia fashion, seja no ambiente doméstico ou de trabalho, seja no dia a dia ou para invadir a noite e o suingue das baladas. 

Primeiras lojas datam do século XIX

Os brechós têm sua origem nos mercados de pulgas da Europa, onde se podia comprar e vender praticamente tudo. As feiras aconteciam ao ar livre e como as peças eram usadas e não havia lá muita preocupação com a higiene, animais como pulgas não eram incomuns, daí a origem do nome “mercado de pulgas”. As primeiras lojas de segunda mão no mundo surgiram no século XIX e ganharam forte popularidade com as crises produzidas pela Primeira e Segunda Guerras Mundiais notadamente através da Cruz Vermelha com a venda de produtos doados a preços acessíveis.

No Brasil, a origem da palavra “brechó” é bem peculiar. Também no século XIX, no Rio de Janeiro, surgiu uma loja de artigos usados chamada Casa do Belchior. A crescente popularidade do local fez com que o nome Belchior fosse associado a estabelecimentos que vendiam produtos usados e antigos (até Machado de Assis usou a expressão “loja de belchior” em um de seus contos). Com o passar do tempo a palavra sofreu um processo de mudança e se adaptou a “brechó”, dando origem ao termo.

Belchior, na verdade, foi o primeiro comerciante que se estabeleceu no Rio de Janeiro comprando e vendendo objetos usados. Com o tempo, surgiram lojas específicas para o comércio desses objetos, adotando o seu nome. Depois de certo tempo, uma versão mais brasileira da palavra caiu no gosto dos clientes, e aí surgiu o termo brechó, cujas lojas, recentemente, viraram febre pela oportunidade de negociações com preço baixo, além de peças exclusivas, muitas das quais verdadeiras relíquias. Mas o que realmente vem se expandindo são os brechós virtuais que, só no Brasil, já se apresentam às centenas e, no caso específico de Salvador, a algumas dezenas. Veja alguns endereços disponíveis na Internet:

Coisas di LuLu: Brechós em Salvador
coisasdilulu.blogspot.com/.../quer-achar-pecas-de-grife-com-bons.html

Brechó Online | Facebook
https://www.facebook.com/brecho7online

Brecho na Bahia | bomnegócio agora é OLX.com.br
ba.olx.com.br/roupas-e-calcados/busca/brecho

Brechó Bonequinha de Luxo! o original!
brechobonequinhadeluxo. blogspot.com/

Blog da Pri: BRECHÓ VIRTUAL BAIANO: Compritchas.com
www.blogdapri.com.br/.../brecho-virtual-baiano-compritchascom.html

Brechó Moça Bonita
mocabonitabrecho.blogspot.com/

Brechó em Salvador, Bahia - Solicite Orçamento no Kekanto
kekanto.com.br › Salvador (Bahia)

Brechós online: uma opção barata para ficar na moda ...
todateen.uol.com.br › Toda Tech

Roupas brechó na Bahia | bomnegócio.com
ba.bomnegocio.com/?q=roupas%20brechó

Sarastro Café
Frenquentado pela galera que entende de moda, é possível garimpar preciosidades. Fica no Rio Vermelho
O Balaio 
Brechó estiloso, comandado pela jornalista Dóris Pinheiro. Além de roupas, também tem objetos de decoração.Rua Pedro Gama, 170, em frente a antena da TVE. É só subir a escada cor de rosa).

Vana Brechó 
Fica no Rio Vermelho, em frente ao Largo da Mariquita e mantém uma filial à Rua Waldemar Falcão, 146 - em Brotas. 

Indumentária brechó
Fica em Vilas. O blog está desatualizado.

Dolce Mix Bazar e Brechó
Fica na Avenida Oceânica, 2400 - Ondina. Dispõe de página no Facebook.

Bistrô Café Cognac
É um bar onde a dona tem um pequeno brechó, no Rio Vermelho. A sugestão é tomar um café no local que é bem transado.

Garimpo do Baú
Fica em Lauro de Freitas

Arco da Velha
O brechó  fica na Rua Maciel de Cima, 30 - Pelourinho
e mantém uma página no facebook.  

Segunda Vez
O brechó  fica no Pituba Parque Center. Lá eu comprei um top da Fórum e uma bota de cano baixo por uma pechincha. Tem uma parte infantil  e adulto separadas e aceita cartão de débito.

Brechó da igreja de Santo Antônio da Barra
Rua Cesar Zama, 112 - Barra.
Brechó Nossa Senhora do Rosário
Avenida Sete de Setembro, já existe desde 2000. Por lá, além de roupas e acessórios, você consegue garimpar coleções de livros e objetos de decoração.

Brechó Santa Teresinha do Menino Jesus 
Avenida Fernão de Magalhães – em frente ao Shopping Barra 

Brechó da Igreja da Vitória 
Funciona nos fundos da Igreja

Brecho Infantil
http://pingpongbrechoinfantil. blogspot.com.br/

Brechó Canto de La Borges - 161 (da atriz Neuza Borges)
RUA MARQUES DE LEÃO 3482-0798

BRE CHIC
Rua Doutor Praguer Fróes, 155 - Barra - Salvador - BA 

BRECHO LE
Rua João Gomes, nº 87, FREE SHOP, loja B-16 - Rio Vermelho 
Instagram: @brechole

CANELA BRECHÓ
E-mail canelabrecho@gmail.com
Website http://www.canelabrecho.com.br/
https://www.facebook.com/CanelaBrecho?fref=ts 

BRECHÓS ONLINE
https://estilo.catracalivre.com.br/2014/05/8-brechos-online-para-voce-economizar-sem-sair-de-casa