Helô Sampaio

Aprenda a fazer um pudim de queijo e depois fique 40 dias sem libertinagens

Helô Sampaio

Cansada, esbodegada, com sono, ainda troncha e dolorida, mas feliz. Carnavalzão danado de bom, véio. Pena que acabou logo. Acho que algum anjo sapequinha lá em cima adianta as horas durante o carnaval, pois nunca vi o tempo passar tão rápido. As horas ‘avoam’. Quando a gente está no bem bom, ainda esquentando o cangote do nêgo, acabou a festa.

Não é pra lhe matar de inveja, não, meu gostosíssimo, mas este Carnaval você só me encontrava no Hotel Sheraton, no Campo Grande vendo toda arrumação e saída dos blocos. Que sofrimento o meu, não foi, lindinho? O negócio foi tão bom que eu quase ‘fazia caso’ com o rapaz altão e bonitão da portaria. Era beijinho toda vez que eu entrava ou saía.

 Deixa eu explicar como é a história: eu assessoro o novo secretário de Turismo, meu querido amigo Pedro Galvão. E durante o Carnaval, a Setur montou uma sala de Imprensa no Sheraton para dar suporte aos colegas daqui e de outras plagas. Ficamos eu, Gabriel, Daniel, Napaulinha, Tatiana, a tchurma toda da Setur à disposição dos coleguinhas que de lá enviavam o noticiário para rádio, jornal, tevê e sites ou blogs.

Eu me sentia como um pinto no lixo, fazendo tudo que eu gosto: estar com os coleguinhas daqui e do interior, saber como estão, contar e ouvir um bocado de histórias e mentiras, levá-los para conhecer o Camarote do Forte – que eu tenho ‘média’ com Andrea Brito – e até os acompanhava dançando pela praça, ao som do trio de Saulo ou no Furdunço. Não foi grande o meu sofrimento?

Saulo

E lá no Campo Grande, passa tuuudo de bom. E eu estava lá, jogando beijinhos amorosos para Saulo (que eu amo), fretando com a bela Daniela, ou seduzindo algum Muquirana, que este ano veio de mosqueteiro até com a espadinha empinada. E os oito colares que ganhei em troca dos beijos de ‘biquinho’ com os Filhos de Gandhy, o eterno ‘tapete branco da Paz’? Sou fraca não, neguinho. Inda dou um bom caldo. O muquirana que o diga. He-he!

A nossa sala de Imprensa se tornou um ponto de encontro dos famosos. Além do secretário Pedro Galvão, recebemos a visita do nosso Governador do ‘zóio azul’ com outros secretários, tivemos a alegria do Rei Momo, da Rainha, princesas e outras ‘otoridades’, além dos coleguinhas do interior, que não vejo desde que deixei o Sindicato dos Jornalistas. Tão bom abraçar os amigos e poder servi-los. Tem coisa melhor, não. Amo os coleguinhas.

Wagner

Achei o Carnaval bem tranquilo e animado. E não achei ruim o prefeitinho ter posto as cervejarias para pagar a festa, não. É melhor do que sair do nosso bolso. E a chuva? Tá pensando que alguém deixou de dançar, beijar ou rolar na folia por causa da chuva? A sobrinha Milena, que estava em cima do trio, me disse que ‘nem lembrava’ daquele toró. Outra coisa boa da festa: a gente apronta e depois ninguém lembra de nada.

Mas agora, entramos na Quaresma. A quarta-feira de Cinzas nos lembra que não adianta termos frescuras, ‘metidez’ ou arrogância: quando fecharmos os ‘zoinhos’, todos voltaremos ao pó. Quando eu era menina lá em Ibicaraí, era um rigor danado: não podíamos comer carne, ‘pintar’, cantar alto, desobedecer aos pais. Era proibido fazer um monte de coisa. Avelino, meu conterrâneo, chegou um dia assustado: “Ló, se eu morrer, vou pro inferno: esqueci, e comi carne do sol. E estamos na Quaresma”. Inda bem que as coisas andam mais flexíveis. Avequinho agora pode comer muita carne sem o perigo de ir pro inferno.

Vamos guardar a fantasia, mas é por pouco tempo, pois já temos oito dias de carnaval agora, no final do mês, comemorando o aniversário de Salvador e teremos muitas festas misturando Copa com São João. Como precisamos estar gostosésimas para arranjarmos uns nêgos bonitos e dengosos, vamos seguir esta receita de pudim diet, de minha querida amiga Elibia Portela (preciso fazer uns tempos comendo ‘diet’ porque o muquirana era gordinho). Avental a postos, rumo à cozinha.

Pudim de queijo diet de Elíbia

Ingredientes
-- 
2 ½ xícaras (chá) de leite semi desnatado
-- 1 xícara (chá) de leite integral
-- 150g de queijo Minas, tipo frescal
-- ½ xícara (chá) de adoçante em pó (forno e fogão)
-- 3 ovos inteiros
-- Frutose para a calda.

Modo de fazer

-- Bater todos ingredientes (exceto a frutose) no liquidificador;

-- Derretera frutose na própria forma de pudim até ficar com cor de mel;

-- Despejar cuidadosamente a mistura do pudim;

-- Cozinhar no forno, em banho-maria, coberto com papel alumínio, até ficar firme. Desenformar ainda morno.