Adoro essas frescuragens de maio, mês da mulher, das mães, das noivas, mês de Maria e de tantas outras feminilidades. O bom é que o mês começa macho, bem macho, tchê. Começa com o dia que ninguém trabalha, o Dia do Trabalho, de pisada dura, batida firme, meu fio. Aí, o mês amolece a munheca e... receba as flores que lhe dou. Vem as mulherices das noivas, e mamães com avental todo sujo de ovo. A-do-ro! Não sou mãe mas me sinto uma rainha, com direito a tudo. Regina Ferreira, você foi destituída no Acre e agora aqui: em maio, a ‘regina’ sou eu.
Este maio começou bem, com uma feijoada caprichada na Casa da Maturidade Ativa, aqui em Piatã. Fui filar o pirão com meu pilotinho, Dumas, que tinha dado uma passada em minha casa apenas para um abraço. “Meu pilotinho, vamos perder a feijoada de Leda? Inda tem a inauguração do campo, que foi gradeado, da piscina. E a feijoada é a de Ivonete, que dizem ser deliciosa. Vamos provar”. Grandes argumentos. Dumas deu uma ‘cozinhada’ em Daniel, seu filhão que o esperava em casa, e fomos filar a boia de Leda.
Ainda bem que Leda Simas é uma pessoa prática e não tem, nem gosta de muito bolodório. Falou rapidamente do apoio que recebeu de um grupo de esportistas do Arena Vitamina, e mandou servir o feijão, ao som da banda Amigos da Madragoa – uma ‘tchurma’ de coroas que manda muito bem no som. Sentamos numa mesa com um casal muito simpático – Fátima e Aldo – e trançamos no papo.
Lourdes de Fátima é a presidente do Conselho Municipal do Idoso. Falei baixinho, no seu pé de ouvido, pedindo segredo tumular, que apesar desta minha carinha de trinta, eu já dobrei – apenas a idade, não o ‘cabo da boa esperança’. A boa esperança continua. Ela sorriu com cumplicidade e já somos as mais novas ‘amigas de infância’.
Eu sou ligada aos Aposentados desde o tempo de Zilah Moreira, minha amiga jornalista, que hoje assessora Papai do Céu. A amizade continuou com Leda – que é irmã do jornalista Carlos Simas, meu ex-aluno e querido amigo – e hoje sou sócia honorária da entidade, titulo que muito me honra.
Zilah, além do clube, me deu um outro presente maravilhoso: a amizade de Dinah, sua sobrinha e minha irmãzinha do coração. Nós moramos no mesmo prédio no Marback por oito anos e dividíamos as muitas alegrias, e as poucas tristezas. Fizemos belíssimas farras, Bambino que o diga. Amo Dinah. E não é porque ela é ‘mão de ouro’ e faz (nhaam!) a melhor moqueca da Bahia, não. É afeto mesmo.
Minha amiga Ivete Monteiro dizia que eu nunca ia sair do Marback porque quando eu estava ‘na fossa’ e chamava Dinah – eu morava no térreo e ela no terceiro andar – ela mandava antes, pelo lado de fora, a cestinha na corda com uma moqueca ou um docinho pra me acalmar. Ivete ficava me gozando, me provocando: “Chama de novo para ver o que ela vai mandar na cestinha”. Quem aguenta? Foi muito bom, não esqueço nunca o período que morei lá. Bons vizinhos, ótimos amigos, grandes farras, muita comilança. Só saí porque fiz minha casa em Itapuã. E aqui é a mesma coisa, somos uma família, não é, Eliene, Jandira, Zélia e Olenka?
Ah! Que bom que até do Marback, Leda fez eu me lembrar. Amigo querido é assim, só traz coisa boa. Eu todo dia agradeço a Deus por ter me dado a Vida e os amigos que tenho, e por eu ter feito tudo o que quis e pude fazer. Hoje, eu não reclamo quando tenho algum problema ou limitação – como agora que estou com dificuldade para andar, em consequência de um acidente que sofri há tempos. Já aprontei por esta e por algumas outras vidas que virão, he-he!
Para comemorar a nossa boa vida, vamos recorrer ao Mauro Rebelo, nosso culinarista preferido, que postou esta receita de Claudia Peccini, no site Bemcomer. Experimenta, meu lindinho, este bolo de milho sem glúten. Cris fez para mim e eu adorei.
Bolo de Milho Maravilhoso
Ingredientes
- 1 lata de milho verde, previamente escorrido (usar a lata do milho como medida)
- 1 lata de flocos de milho pré-cozidos (ele usa Milharina)
- 1 lata de açúcar
- 1/2 lata de óleo
- 1 colher (sopa) de fermento em pó
- 3 ovos
- 50g de coco ralado.
Modo de Preparar:
- Bater tudo no liquidificador e colocar em uma forma untada com margarina e polvilhada com a milharina;
- Assar em forno pré-aquecido, em temperatura baixa, até corar, e que enfiando um palito, ele saia sem massa grudada;
Mauro dá dica: no lugar do leite, colocar leite de coco e adicionar com leite até completar a lata (medida). O bolo fica ainda mais molhadinho. E se usar outro floco de milho certifique-se de que na embalagem contenha a informação "não contém glúten".