Gente! Estou traumatizada. Não, safadinho, não é por mais uma derrota do meu Bahia, não, que já me acostumei. Enquanto esta diretoria medíocre e interesseira estiver à frente do meu tricolor, torcerei pelo Colo-Colo ou pelos meus times do interior. Estou torcendo pelo time de Paulinho Maciel, de Juazeiro. Não sei se é o Juazeiro ou Juazeirense. Para mim, o que ganhar na terra do bom juá, tá bom.
O trauma do início da nossa conversa é com a violência, que acontece de ponta a ponta deste paiszinho da impunidade. Como digo todo dia, sou mulher de Verão. Quando chove, morro de medo e fico onde estou. Não sei o porquê desta neurose, mas sei que tenho. E como choveu esta semana, hem, meu neguinho? Eu me tranquei dentro de casa e só botei a cara fora no domingo, para ir filar o churrasco de Olenka, coleguinha jornalista minha vizinha, que nos apresentou Célia, sua querida amiga do Rio de Janeiro. E uma simpatia de pessoa. Adorei! O churrasco também.
Mas lá vou eu fugindo do assunto de novo. Estes dias que passei em casa, vi televisão o tempo todo, coisa que não faço; normalmente vejo os jornais e a novela Salve Jorge. Aí, assisti os programas de baixaria com Cristina, de violência com Datena e Uziel (meu querido amigo e ex-aluno), Varela... enfim, passeei por tudo que foi canal. E estou de cabelo em pé, horrorizada e traumatizada com os requintes da violência, causado pela certeza da impunidade.
Ou estes politicozinhos de m... que elegemos, tomam alguma atitude decente de mudar esta legislação, ou vamos ter que voltar a pegar em armas para nos defendermos. Não é possível continuarmos sendo abatidos por qualquer vagabundo que resolve querer nosso celular e, para isto, tira a nossa vida. Já sabemos que a nossa vida vale trinta reais, ou trinta moedas, como no tempo de Cristo.
O garoto deu o celular sem reagir, mesmo assim foi abatido. Como disse um vagabundo outro dia, o que ele gosta é de ver o corpo cair, morto. Simples assim. Em Alcobaça, o comerciante, foi pegar a chave do veículo para dar aos assaltantes, levou um tiro nas costas e... a família que sofra no enterro.
A dentista teve fogo ateado ao corpo por somente ter trinta moedas na sua conta bancária, na hora que a molecagem queria dinheiro para as drogas. Atender a população de graça dá nisso: quando a vagabundagem quer se drogar e a criatura não tem dinheiro, paga com a vida. E coloca um menor para assumir o crime que aí é que não dá nada mesmo. Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
E ainda tem quem defenda esta escória. Cadeia, só pra ladrão de galinha. Não, não falo de advogado. Este faz por ofício. Falo de pessoas que ainda não foram violentadas por estes marginais e os defendem com a desculpa de que são produtos da falta de educação, de escola, de cidadania. Eu também concordo: nossos governos são lindos no discurso e na propaganda, mas inoperantes na ação; somente pensam no próprio umbigo e dos seus apaniguados: o povo que se lixe. Na próxima eleição, como candidato, dá cinquenta reais a um, um saco de cimento a outro, promete um emprego ou uma casa a outro, e se elege, de novo. Mas nós merecemos. Cada povo tem o governo que merece!
Tô azeda, mesmo. Irada! Moleque pode votar, estuprar, matar, mas não pode responder pelo crime. Trabalhei muito, minha vida toda, comprei um carrinho financiado em 24 meses; um belo dia, um moleque sarado, mete o revólver em meu pé de ouvido, leva meu carrinho, meu notebook, até meu ipod, mas deixou o débito. Tava tudo financiado. O carro foi achado. O resto, babau, neguinha, vá trabalhar mais pra sustentar vagabundo. Foi o que eu fiz.
Deixa eu lhe dar um beijinho de agradecimento na pontinha do lábio, meu queridinho lindo, agora que já chorei todas as minhas pitangas em seu ombrinho. Vamos falar de coisas boas, gostosas, que nem o churrasco de Olenka. Que teve o apoio, lógico, de ‘seu’ Almir, nosso anjo da guarda aqui da rua. Eu, Mira, Aninha Charuto, Eliene e Célia, a carioca simpática, ficamos que nem rainhas, sendo servidas – picanha, frango, maminha e outras delicias – por Almir e Olenka. Um luxo só! Problema pra resolver no Ravenna depois. Tati, se prepare e já sabe: a culpa é de Olenka. Não tem culpa eu.
No churrasco de Olenka, que também faz as fotos
Depois de tanta carne, tanta gulodice, vamos dar uma aliviada, meu gostosão. Vamos preparar este bacalhau com creme de alho poró e cobertura crocante, receita da nossa querida mato-grossense Linei Rodrigues, que é o capeta na cozinha. Se for tirar por Joaci Tito, seu maridão, eu acho que vou engordar um pouco mais com esta delicia, mas experimente que é maravilhoso, sensacional. E Linei fez a receita toda light para mim. Veja aí.
Bacalhau com creme de alho-poró
Ingredientes da cobertura
-- 100g de castanha-de-caju picada
-- 3 colheres (sopa) de farinha de rosca
-- 2 colheres (sopa) de BECEL creme vegetal
-- 2 alhos-porós picados
-- 3 colheres (sopa) de farinha de trigo
-- Pitadas de sal
-- 1 Pitada(s) de pó
-- 1 colher (sopa) de cebolinha picada
-- 600g de batata cozida e cortada em rodelas
-- 300g de bacalhau
-- 2 litros de água
-- 3 xícaras de leite desnatado
-- 3 Colheres (sopa) BECEL
Modo de preparar
-- Na véspera, lavar bem o bacalhau, colocar em uma tigela; cobrir com a água e reservar;
-- Trocar a água por quatro vezes nesse período;
-- No dia seguinte escorrer o bacalhau, desfiar e reservar;
-- Em uma panela grande, ferver o leite, juntar o bacalhau e cozinhar por 10 minutos;
-- Escorrer e reservar o bacalhau e o leite, separados;
-- Untar um refratário retangular médio (31 x 19 cm) e reservar;
-- Preaquecer o forno em temperatura média (180º C);
-- Em uma panela grande, aquecer o creme vegetal BECEL e refogar o alho-poró até murchar;
-- Polvilhar a farinha de trigo sobre o refogado e juntar o leite reservado;
-- Temperar com o sal, o louro, a cebolinha e cozinhar em fogo médio, mexendo sempre até engrossar;
-- Retirar do fogo e reservar.
Montagem:
-- Para a cobertura, em uma tigela pequena, juntar com a ponta dos dedos a castanha-de-caju, a farinha de rosca e o creme vegetal BECEL até formar uma farofa úmida; reservar;
-- Colocar as fatias de batata no fundo do refratário reservado e cobrir com o bacalhau e com o creme de alho-poró reservado.
-- Espalhar a farofa de castanha cobrindo toda a superfície e levar ao forno por 20 minutos ou até começar a dourar;
-- Retirar do forno e servir ao amorzinho dando beijinhos carinhosos a cada garfada.
Bom apetite!