A praia do Cristo, uma das mais belas da capital, está sendo ameaçada por um esgoto a céu aberto, que escoa para o mar deixando a praia em condições precárias para o banho. A mancha preta, que se estende pela praia, pode ser vista por quem passeia pela Avenida Oceânica, próximo ao restaurante Barravento, na Barra. Moradores alegam que o problema já se arrasta por anos e sem solução.
A turista de Minas Gerais, Giovana de Paula conta que, na última visita a cidade há dois meses, sentiu muita coceira na pele depois de tomar banho na praia. “Além de muita coceira na pele o cheiro do esgoto é horrível e incomoda quem passeia pelo calçadão. Fico triste por presenciar o descuido de um lugar tão lindo como esse”, declarou.
Além da mancha preta que se estende por toda a praia, vários objetos como sapatos, roupas e sacos são encontrados na areia. O funcionário público Evandro Silva, morador do bairro há 10 anos, afirma que o problema com a rede de esgoto já se arrasta por anos sem nenhuma medida por parte dos órgãos públicos. “Nunca soubemos ao certo de onde vem esse esgoto. O que presenciamos diariamente é um cartão postal abandonado. Além do lixo temos que conviver com o cheiro de esgoto e, o pior de tudo, sem poder tomar banho de mar. Esperamos que os olhos das autoridades se voltem para a nossa natureza e nossa historia”, afirmou .
Um pouco mais a frente, na Avenida Sete de Setembro, em direção ao Porto da Barra, moradores fazem mais reclamações sobre a poluição. “Com o escoamento de esgoto que sai das bocas de lobo que não sabemos a origem, a areia do Porto da Barra fica repleta de manchas preta, principalmente, depois das chuvas. As autoridades parece não enxergarem a situação”, disse o aposentado e morador do bairro, Olindo Siqueira.
Sucop
Por meio de nota, a Superintendência de Conservação e Obras Públicas – (SUCOP), informou: “Com relação à obstrução da rede de esgoto no trecho entre Barravento e Porto da Barra, a Sucop - esclarece que a autarquia é responsável pela rede de captação de águas da chuva. Se está havendo vazamento de águas sujas naquela região é porque, possivelmente, não existe rede de esgoto na área e a população deve ter feito entroncamento clandestino de esgoto à rede de drenagem pluvial”.
A Embasa também foi solicitada se manifestar sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição nenhuma nota havia sido encaminhada à Redação.