Estou abençoada, suada, lavada e enxaguada por Iemanjá, minha sereia, Rainha do Mar. Odoyá! Festa bonita, de Paz, de Amor. Tudo no mar é bonito. E a festa de Iemanjá é um momento especial, em que nós retribuímos, com água- de-cheiro e presentes, toda alegria, toda proteção, todas as coisas boas que ela nos proporciona.
Eu fui para a festa adequadamente paramentada de branco e azul, disposta a saborear várias feijoadas para as quais fui convidada. Só consegui marcar presença em duas. (Paroano, eu vou fechar a boca dois dias antes para tentar atender a um maior número de convites, digo, de amigos). Adoro a festa e as feijoadas! Nham!
A Praia da Paciência estava linda demais com a nova e belíssima imagem de Iemanjá desfilando toda em vidrilhos e luzes, cheia de presentes, acompanhada por muitas embarcações e reverenciada por toda gente. Era gente no mar e gente na terra, mas todos em água. Com música pra todo lado. Música, suor e cerveja! Do jeito que o baiano gosta, em devoção à africana Princesa de Aiocá, a nossa Rainha do Mar. Odoyá!
Mas a festa não rola somente no Rio Vermelho, não. Aqui em Itapuã começamos na quinta-feira, com a tradicional Lavagem de Itapuã, tomando o mingau de D. Nissu às 5 horas da manhã, na lavagem do adro da Igreja, com direito a queima de fogos e tudo.
Daí, vamos para Piatã, donde sai o cortejo, liderado pelas baianas, acompanhado pela baleia rosa e pelos blocos – especialmente o Testemunhas de Juvená, que agora, além da sua tchurma, incorporou os participantes do meu querido A Lenda do Pássaro do Abaeté Numa Manhã de Muito Sol.
O nosso Pássaro, após 16 anos abrilhantando a festa, não teve condição de sair desde o ano passado, para minha tristeza, de Gessy Gesse e Eliene, que seguravam ‘o tranco’ comigo. Lutamos, mas não deu mais. Vamos para o Juvená, amigos.
No dia 2, dia de Iemanjá, também houve concentração na Z-6, a Colônia dos Pescadores, onde a galera, após depositar os presentes, fica bebericando, papeando ou fazendo nada, esperando os barcos fazerem a entrega dos presentes em alto mar. Nós, que ficamos em terra, fomos presenteados com um belíssimo pôr-do-sol. Mas em Itapuã, a festa não acaba aí.
Na segunda-feira, 4, numa tradição já de 25 anos, mãe Gildete faz a sua oferenda especial a Iemanjá. A concentração é na praia próxima da Sereia, quando os moradores da República Livre de Itapuã se reúnem desde o principio da tarde, arrumando os mimos para Iemanjá. Depois é servida uma deliciosa feijoada para os convidados. Estaremos lá, pois é grande a nossa devoção por Odoyá.
E depois de tanta fé, vamos para a esbórnia, seguindo a ordem do Momo, que recebe as chaves da cidade na quinta. Chegamos já abastecidos por Paulinho Brandão e FIAT pela famosíssima Feijoada Alô Imprensa, no Forte São Diogo, onde a imprensa vai com muito carinho. Este ano, o homenageado será o Jornal A Tarde, que completou 100 anos.
Também o Abrigo D. Pedro II receberá latas de leite e fraldas geriátricas que deverão ser doadas pelos participantes. Apoiam ainda o evento a Iveco, a Schin e outras empresas amigas da imprensa. Gessy Gesse já está toda animadinha, pronta para ‘desfilar’ na Feijoada da Imprensa. E de lá, caímos na gandaia da Barra, atrás do trio elétrico, que só não vai quem bebeu e dirigiu.
Mas hoje vamos preparar esta delícia de nhoque, especialidade da Cantina du Vini (Rua Bartholomeu Gusmão, 124 – Rio Vermelho, fone 71 3013 8181) onde o grande chef Vinicius Figueira realiza, todo dia 29, o Festival de Nhoque, em homenagem a São Genaro. E eu sempre vou lá com a minha amiga querida Elíbia Portela.
Elegemos esta maravilha de receita como a nossa preferida. Experimente, meu benzinho.
Nhoque São Genaro (ao molho de Camarão e Manjericão)
Ingredientes:
-- 1 kg de batatas
-- 100 g de parmesão ralado
-- 100g de mussarela
-- 100g de presunto
-- 400 g de farinha de trigo
-- 2 ovos
-- 1 colher de sopa de manteiga
-- Sal a gosto.
Modo de Fazer: O Nhoque
-- Cozinhar as batatas e passar pelo espremedor
-- Colocar a batata espremida em um recipiente e adicionar os dois ovos inteiros, a manteiga, o sal e duas colheres (sopa) de parmesão
-- Misturar com uma espátula, juntando a farinha e amassando com as mãos até obter uma mistura homogênea. A massa deve ficar leve e sem grudar nas mãos
-- Fazer ‘cordões’ com a massa e em seguida cortar os nhoques com a ajuda de uma faquinha. Reservar
-- Em uma panela grande, ferver três litros de água e adicionar as ‘bolinhas’ do noque
-- Quando elas subirem, recolher com uma escumadeira e colocar em um refratário untado com manteiga, intercalando com o molho de camarão com tomates e manjericão.
Molho de Camarões com Tomates e Manjericão
-- 2 colheres de sopa de azeite de oliva
-- 1 cebola picada
-- 3 tomates maduros sem peles e sem sementes picados
-- 1 caixinha de polpa de tomate
-- 1 colher de sopa de manteiga
-- 100ml de caldo de camarão
-- 250 g de camarão sete barbas limpos
-- 2 colheres de sopa de requeijão cremoso
-- Quanto baste de sal e pimenta branca.
Modo de Fazer o molho
-- Fritar a cebola no azeite de oliva até murchar
-- Juntar os tomates picados, a polpa de tomates e o caldo de camarão. Ferver por alguns minutos
-- Acrescentar o camarão, e o requeijão e ferver por mais 3 minutos
-- Finalizar colocando as folhinhas de manjericão por cima e saboreando com o amorzinho, rezando para São Genaro nos propiciar um Carnaval de muita alegria e Paz.