Helô Sampaio

Turismo na cidade da Bahia

Fiquei muito feliz com a chegada do meu irmãozinho caçula, Paulo, que veio de ‘Sumpaulo’ passar as férias comigo, aqui, na cidade da Bahia. Ele chegou com um bocado de chuva, tadinho, mas em alguns dias, deu para aproveitar um tiquinho do que resta de bom na nossa capital.

Gosto de levá-lo para lugares especiais – cinco estrelas ou botecos – mas onde a comida seja muuuuito gostosa. Fomos comer um camarão delicioso em Tia Maria, na Pedra Furada. Eu amo Tia Maria, uma figura linda que conheço há muito tempo, com um sorriso bonito e tranquilidade a toda prova.

Num outro dia, fomos apreciar a massa maravilhosa do Alfredo di Roma, em Ondina, que continua primando pela qualidade. Levei-o também para saborear a galinha da terra de Chico e Lucimar, no Clube do Curió. E a moqueca especial do Dito, lá na Plataforma, que é de encher os olhos e a barriga. Que delicia! Mas não passamos o tempo só comendo, não.

Ele correu o Pelô, o Mercado Modelo e o Bonfim onde comprou mil lembrancinhas para as filhotas e amigos. E nos poucos momentos de sol, se torrou na praia. E até inventou uma tatuagem – felizmente de rena, que solta com poucos dias – para traumatizar o povo na chegada, lá em Sampa: é difícil ver um doutor tatuado por lá.

Fomos a Ibicaraí, para rever os irmãos – Lula e Carmen – e os muitos amigos de infância. Adoro minha terra, meus amigos. É um abraço apertado, saudoso, de alegria, de reencontro.

Tão logo eu me formei em professora, em Ilhéus, voltei para Ibicaraí onde fui secretaria do ginásio. E a garotada fazia o exame de admissão – que existia na época – comigo. Hoje, estão homens e mulheres lindos, com filhos e até netos, e me tratam com muita deferência e afeto.

Fico pensando como é bom ter o Tempo a nosso favor. Acho que sou uma das poucas mulheres que não se aperreiam com idade: é sinal que estamos vivos e bem. Inda mais com uma carinha de 'gatosa', como a minha. Gatosa, seu maldoso, é ‘gata gostosa’ e não ‘gata idosa’ como você pensou, meu bonitão.

A viagem pela Ilha foi ótima – tirante as aporrinhações com o ferry. Uma estrada bonita, que, aleluia! está bem pavimentada. É bom chegar em Nazaré das Farinhas, ver o grande rio cortando a cidade com o seu casario harmonioso; e em Valença, com os seus barcos embelezando o movimentado cais.

Melhor é comer a mariscada com pirão no Restaurante do Peralta – na saída de Valença – se der sorte, será atendido com a simpatia e o sorriso do jovem Mateus, que cursa Aquicultura, para preservar a cultura pesqueira, o forte da economia local.

Seguimos viagem passando por Taperoá, cidadezinha da doutora Fátima Guimarães, que me apresentou ao Morro de São Paulo – em memorável viagem de barco pelos rios Igrapiúna, Maraú, Ituberá, e Itacaré – belíssima localidade, hoje muito procurada por turistas brasileiros e de fora.

E Ilhéus, um dos mais belos e desprezados recanto turístico da região. Eu nunca entendi porque Ilhéus não se preparou para ser um destino turístico ‘de respeito’ mesmo tendo em sua história Jorge Amado, Gabriela, o Bataclã, e as suas belas catedrais.

A cidade é linda, aconchegante e tem grandes atrativos. Mas não cria estrutura adequada para atrair turistas, não se divulga, coisa que Itacaré e Porto Seguro, com menos tempo, já fazem há séculos, ganhando de Ilhéus no turismo.

Mas é isso aí. Meu irmão adorou estes dias baianos. E eu amei ter comigo o meu irmão caçulinha, dengando, beijando, fazendo as suas vontades, ouvindo as suas histórias e levando para que ele reveja as belezas da nossa sofrida e maltratada terrinha.

E faço com que mate a saudade da boa comida baiana. Mira Bastos, minha amiga, foi buscar uma receita do culinarista Mauro Rebello e preparou este bolo de milho para o meu irmãozinho. Vamos pra cozinha fazer este bolo fácil e delicioso.

Bolo Maravilhoso de Milho

Ingredientes (receita sem glúten):
-- 1 lata de milho verde, previamente escorrido (usar a lata como medida)

-- 1 lata de flocos de milho pré-cozidos (Milharina ou flocos que não contenham glúten)

-- 1 lata de açúcar

-- 1 lata de leite

-- 1/2 lata de óleo

-- 1 colher (sopa) de fermento em pó

-- 3 ovos

-- 50g de coco ralado

Modo de Preparar

- Bater tudo no liquidificador e colocar em uma forma untada com margarina e polvilhada com os flocos de milho pré-cozidos

- Assar em forno pré-aquecido em temperatura baixa até corar – e que enfiando um palito, ele saia sem massa grudada

Dica do Mauro: No lugar do leite pode-se colocar leite de coco e adicionar leite até completar a lata (medida). O bolo fica ainda mais molhadinho.