O prefeito João Henrique nunca teve uma equipe tão boa (sem querer desmerecer os secretários que passaram por lá; em se tratando de conjunto de nomes) na Secretaria de Comunicação. Qualquer redação de qualquer jornal do Brasil gostaria de contar com o talento e caráter de uma tropa formada por André Curvelo, Paixão Barbosa, Waldomiro Júnior e Angélica Parras.
Todos, juntos, não tem pra ninguém. Um grupo experiente e que acima de tudo ultrapassa as raias das formalidades do jornalismo e enveredam também no marketing político.
Eles fazem o que se cognominou de Comunicação Integrada. Desta vez o prefeito ou vai (melhorando sua desgastada imagem) ou racha de vez (com todo o mundo político) e pior: com a classe jornalística.
Foi uma jogada de mestre do alcaide chamar André de volta, se redimindo de erros passados. Lá longe, no período Diazepam e pré-Carnaval. Mas aí é outra questão ultrapassada, graças à minha santinha Nossa Senhora Irmã Dulce dos Pobres e despirocados.
Uma pessoa tirada a gestora da cidade me garante que João Henrique tem tudo para melhorar sua imagem. Diz-me que basta ele fazer as obras que o subúrbio precisa.
Falar nisso os moradores das ruas Luiz Henrique e Ceará, em Coutos, outro dia queimaram a foto dele com sunguinha saindo de uma competição no Porto da Barra, querem ver o diabo, mas não querem JH nem pintado de tabatinga. Né que o homem não teve pulso para mandar a Seplan, Surcap e outros terminarem as obras da ponte e do buracão! Já se vão quase dez anos de promessa. Se lenhou!
E o moço me disse que para agradar ao pessoal das áreas nobres da cidade basta recolher o lixo, trocar as lâmpadas dos postes e tapar os buracos. “Rico não gosta de cheiro de podre; andar no escuro nem ver seu carrão desfilar em asfalto esburacado e com costelinhas de jegue”, observa.
Falar em escuro, um empresário da área de panificação me encontrou bem na hora em que saia do banco. Deixou para ir ao Caixa Eletrônico à noite, na Graça, para não pegar fila. Fez o que tinha de fazer e saiu com o envelope nas mãos quando um motoqueiro encostou, arrancou e se mandou. Ele estava mais chateado porque tinha acabado de pagar as contas. “Pelo menos se o ladrão tivesse levado antes do pagamento poderia ser que tivesse pena e pagasse minhas dívidas”, disse atordoado.
Foi daí que me lembrei daquela história dos dois compadres portugueses. Um saiu de Lisboa, veio para o Brasil, assaltou a valer e voltou rico. Aconselhou o compadre a fazer o mesmo, assegurando que todo brasileiro é fácil de roubar. O compadre aceitou o conselho e já chegou na Bahia roubando. Passado uns meses recebeu ligação do outro, de Portugal que queria saber como estavam indo as coisas. Ele disse que chegou ao Brasil e logo no aeroporto viu um empresário e roubou sua pasta.
- E então?, pergunta o de Lisboa. E o do Brasil responde: “O homem não tinha dinheiro. Só dívidas. E as estou pagando até hoje”.
A Câmara dos Vereadores vai dar título de Cidadão Baiano a um alto oficial da Marinha do Brasil. Nada mais justo pelos serviços prestados e pela simpatia do almirante que será agraciado. Mas, é interessante ver que até hoje vereador é louco por homens de farda. Não tem um general, almirante ou brigadeiro que não passe por aqui que não vire baiano. A maioria sem justificativa e que esquece até o diploma na gaveta quando se vai. Nos anos 60 do século passado até um porteiro do Palace Hotel, que usava vistoso uniforme e galões, foi agraciado.