
A Seleção Brasileira empatou por 1 × 1 com a Seleção da Tunísia na tarde desta terça-feira (18 de novembro), em amistoso realizado no Stade Pierre-Mauroy, em Lille (França).
Os tunisianos saíram na frente com gol de Hazem Mastouri aos 22 minutos, e os brasileiros igualaram aos 43 do primeiro tempo com cobrança de pênalti de Estêvão.
O resultado marca o encerramento do ano da Seleção e deixa o técnico Carlo Ancelotti com trabalho pendente rumo à próxima temporada.
Esse amistoso encerrou o ciclo de 2025 da Seleção Brasileira. Após enfrentar a Seleção do Senegal no dia 15 de novembro, o Brasil jogou contra a Tunísia como último compromisso do ano.
Ancelotti vinha buscando dar ritmo e identidade ao time -- ele assumiu a equipe em maio de 2025 -- e escalou a partida justamente para ajustar a equipe antes dos confrontos preparatórios para a Copa do Mundo de 2026.
A Tunísia, por sua vez, usou o teste europeu para experimentar e adotar um estilo compacto, apostando no contra-ataque e em erros da retaguarda adversária.
A Seleção Tunisiana entrou disposta a surpreender e encaixou seu estilo defensivo/contragolpe desde cedo. Aos 22 minutos, após erro de Wesley no meio-campo, Abdi lançou para Mastouri, que dominou e finalizou na saída do goleiro Bento – 1 × 0 Tunísia.
O Brasil demorou a reagir. A posse de bola foi superior, mas a criação de chances claras ficou abaixo da expectativa. Aos 42 minutos, o árbitro, após consulta ao vídeo-árbitro (VAR), assinalou pênalti por toque de mão do zagueiro tunisiano Dylan Bronn na área. Estêvão bateu firme e empatou aos 43′.
Nesse período, a Seleção exibiu certa “pressão de obrigação” — ou seja, dominava mas não era fluida –, enquanto a Tunísia se fechava, esperava o momento para atacar, e conseguiu impor ritmo. A cobrança de Estêvão foi eficiente e salvou o primeiro tempo da equipe brasileira.
Na volta do intervalo, Ancelotti promoveu alterações: entraram Danilo, Vitor Roque, Paquetá e Fabinho, como parte de testes de formação.
Mesmo com a mudança, o Brasil não conseguiu traduzir posse de bola em chances concretas. Aos 30′ do 2º tempo, Vitor Roque recuperou a bola dentro da área adversária após falha de Sassi, sofreu a falta — penalti para o Brasil. Paquetá assumiu e cobrou por cima, desperdiçando a virada.
Nos minutos finais, Estêvão novamente apareceu: fez boa jogada individual, invadiu a área e chutou cruzado — a bola ainda bateu na trave. 1 × 1 permaneceu.
O Brasil ficou com a maior parte da posse, maior número de finalizações (18 contra 6 no segundo tempo segundo estatísticas), mas careceu de eficácia nos últimos metros. A Tunísia, coesa defensivamente, controlou as ações e impediu a pressão brasileira se converter em gol da virada.
O resultado de 1 × 1 mostra dois cenários:
Por um lado, o Brasil evitou derrota e fechou o ano sem perder neste último amistoso.
Por outro, a partida acendeu alertas sobre fluidez ofensiva, transições rápidas do adversário e eficácia em momentos decisivos (como o pênalti desperdiçado).
Segundo analistas, Ancelotti ainda tem “ajustes a fazer” para que a equipe transforme posse em efetividade.
A Tunísia provou que, mesmo sem volume ofensivo extremo, pode incomodar e explorar erros brasileiros.
Para o Brasil, dois pontos saltam:
1. A dependência de momentos isolados (como pênalti ou jogada individual) para definir resultados.
2. A necessidade de articulação coletiva mais fluida, sobretudo contra adversários com bloqueios definidos.
No aspecto físico e substituições, a saída de Militão por dores e a entrada de jogadores de teste como Vitor Roque e Danilo revelam que o treinador ainda está em fase de experimentação -- o que é legítimo em amistosos, mas acarreta risco de entrosamento.
Caminho até agora e próximos passos
Até o amistoso contra a Tunísia, Ancelotti comandou a Seleção Brasileira em oito jogos, com retrospecto de 4 vitórias, 2 empates e 2 derrotas.
A campanha ainda é recente, e os próximos desafios visam preparação para a Copa do Mundo de 2026.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) agendou para março de 2026 amistosos contra grandes seleções europeias -- como a Seleção da França e a Seleção da Croácia -- com vistas a testar o elenco no mais alto nível.

