
A escolha de uma nova secretária de Comunicação, com histórico de críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, gerou reações dentro e fora da administração de Emília Corrêa (PL) à frente da Prefeitura de Salvador, evidenciando conflitos internos e questionamentos sobre a condução da gestão municipal.
A recente nomeação de Gleice Queiroz para a Secretaria de Comunicação da prefeitura trouxe à tona divergências na base governista. Conhecida por declarações públicas contrárias ao bolsonarismo, Queiroz já publicou vídeos e textos com críticas ao ex-presidente e à condução de políticas públicas, como na área da educação. A decisão gerou insatisfação entre apoiadores da prefeita, que se elegeu com um discurso alinhado a pautas conservadoras.
Internamente, a indicação foi interpretada como contraditória, principalmente entre parlamentares aliados.
A gestão de Emília Corrêa tem enfrentado dificuldades relacionadas a greves em serviços essenciais, questionamentos sobre possíveis interferências políticas na administração e desgaste na articulação com a base legislativa.
Parlamentares da base e aliados do PL cobram maior articulação e respostas mais efetivas diante de problemas como a coleta de lixo e obrigações trabalhistas em atraso.
A falta de alinhamento tem sido apontada como um fator de desgaste da imagem da gestão. A troca de nomes em cargos de confiança, aliada à ausência de diretrizes claras, tem gerado dúvidas sobre a condução política e administrativa da prefeitura. Setores da base bolsonarista manifestam preocupação com o espaço ocupado por nomes historicamente ligados a outras correntes políticas.