
O confronto decisivo entre Palmeiras e Corinthians, nesta quarta-feira (6 de agosto), reafirmou a força do rival alvinegro na Copa do Brasil.
Após vitória na ida (1 a 0 com gol de Memphis Depay) disputada na Neo Química Arena, o Corinthians voltou ao Allianz Parque com a vantagem, mas encontrou forte resistência palmeirense até que o jogo virou completamente após a expulsão de Aníbal Moreno — por cabeçada em José Martínez, após revisão do VAR.
Com um jogador a mais desde os 14 minutos do primeiro tempo, o Corinthians impôs maior presença no meio de campo e dominou a posse. Matheus Bidu abriu o placar com categoria, e Gustavo Henrique consolidou a vitória, desembarcando o Timão nas quartas.
A tensão seguiu por todo o Allianz Parque, com discussões entre jogadores e outro cartão vermelho no final, desta vez para o palmeirense Emiliano Martínez, que cometeu falta em Romero.
Este duelo foi o segundo embate entre os rivais nesta edição da Copa do Brasil. O primeiro já havia sido marcado por polêmica — um gol de empate do Palmeiras foi anulado por impedimento em decisão contestada.
Tradicionalmente, o confronto é equilibrado em mata-matas, mas o Corinthians encerra esse clássico com três vitórias contra nenhum triunfo palmeirense nesta fase do torneio, consolidando um tabu momentâneo.
Estatisticamente, o Timão teve controle mais tranquilo da partida depois da expulsão, e converteu em gols a superioridade numérica. A estratégia alvinegra privilegiou o corredor central com transições rápidas e finalizações objetivas.
Análise técnica
A expulsão de Aníbal Moreno foi o ponto de virada. O Palmeiras, que buscava equilíbrio no meio-campo, perdeu seu elemento defensivo crucial. O Corinthians, por sua vez, reagiu com transição ofensiva eficiente -- Bidu articulou bem seu setor, enquanto Gustavo Henrique se destacou no jogo aéreo nas bolas paradas.
A iniciativa alvinegra depois da expulsão se traduziu em finalizações bloqueadas, mobilidade e eventual conversão -- os 2 a 0 no placar final resumem a superioridade tática. A performance do sistema defensivo foi sólida: poucas finalizações reais do Palmeiras e o goleiro Cássio quase poupado.
O segundo cartão vermelho, exibido a Emiliano Martínez por falta em Romero já nos acréscimos, serviu como símbolo da frustração palmeirense. O Palmeiras tentou encaixar contragolpes com Facundo Torres e Vitor Roque, mas faltou profundidade e presença ofensiva nas áreas decisivas.