
Um forte terremoto de magnitude 8,8, com epicentro no Pacífico próximo à Península de Kamchatka, Rússia, ocorreu na manhã desta quarta-feira (30 de julho), provocando ondas de tsunami que atingem o Japão, Havaí, costa oeste dos EUA e diversos países do Pacífico, acionando alertas e evacuações em larga escala.
Este terremoto está entre os seis maiores já registrados mundialmente, sendo o mais forte nessa parte da Rússia em décadas.
A magnitude de um terremoto mede a energia liberada no epicentro e é expressa geralmente pela Escala Richter.
Veja as categorias mais comuns:
-- Menor que 2,0 | Micro | Normalmente despercebido pelas pessoas.
-- 2 a 3,9 | Pequeno | Raramente causa danos; sentido por pessoas em repouso.
-- 4 a 4,9 | Leve | Pode causar pequenos tremores e ruídos em construções.
-- 5 a 5,9 | Moderado | Danos leves a estruturas mal construídas.
-- 6 a 6,9 | Forte | Danos significativos em áreas povoadas.
-- 7 a 7,9 | Grande | Pode causar destruição grave em grandes áreas.
-- 8 ou mais | Enorme ou Mega | Destruição catastrófica; raros e altamente perigosos.
Ondas de até 5 metros foram registradas em áreas costeiras da Kamchatka e Severo-Kurilsk, com inundações que danificaram edificações e infraestrutura.
O terremoto sacudiu a região da Kamchatka, no extremo leste da Rússia. O abalo, considerado o mais forte no local desde 1952, ocorreu a aproximadamente 135 km a leste-sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, a uma profundidade de cerca de 19 quilômetros.
A população de Severo-Kurilsk foi evacuada, após ondas de tsunami chegando a até 5 metros, que inundaram o porto, arrastaram barcos e danificaram um jardim de infância. Autoridades russas relataram diversos feridos leves e iniciaram emergência regional ElHuffPost.
No Japão, mais de 900 mil pessoas foram evacuadas em áreas costeiras desde Hokkaido até Wakayama, diante de alertas da Agência Meteorológica Japonesa, que previu ondas de até 3 metros em várias regiões.
Foram registrados impactos moderados, com ondas de até 40 centímetros em 16 localidades, e evacuação preventiva nos arredores da usina de Fukushima Daiichi.
Situação no Havaí, EUA e Costa Oeste
O Havaí ativou sirenes e ordenou a evacuação das áreas costeiras, especialmente em Oahu, Maui e Big Island, após prever ondas de tsunami que chegaram até 1,8 metro de amplitude em locais como Kahului e Hilo.
Nas últimas horas, o alerta foi rebaixado para advisory, e a maioria das evacuações suspensa.
Na costa oeste dos Estados Unidos, desde Alasca (Ilhas Aleutas) até Califórnia, Oregon e Washington, foram emitidos alertas e avisos.
Em Monterey, Califórnia, ondas de tsunami foram detectadas às 0h48, e em San Francisco por volta de 1h12 pela madrugada, ainda que sem relatos de danos significativos.
A área entre Cape Mendocino e a fronteira com o Oregon permaneceu sob alerta de tsunami, com previsão de ondas de até 1,5 metro, especialmente em Crescent City, enquanto outras regiões aguardavam ondas menores.
Outras regiões sob alerta
Países e territórios como Canadá (Colúmbia Britânica), Guam, Micronésia, México, Equador, Chile, Colômbia, Equador, Nova Zelândia, Taiwan e Polinésia Francesa também receberam alertas de tsunami ou orientações para manter distância da costa, apesar de não terem registrado impactos graves até o momento.
A região afetada integra o Círculo de Fogo do Pacífico, conhecida por intensa atividade sísmica e vulcânica. Especialistas ressaltam que terremotos rasos, como este (profundidade inferior a 20 quilômetros), têm maior potencial de gerar tsunamis destrutivos.
No Havaí, medidas emergenciais como o uso de helicópteros e viaturas de resgate foram preparadas caso fosse necessário resgatar pessoas em locais isolados ou costeiros.
Autoridades permanecem em alerta, monitorando réplicas sísmicas, possíveis novas ondas de tsunami e a impacto em infraestrutura nas regiões afetadas. Em Kamchatka, continuam os trabalhos de salvamento, avaliação dos prejuízos e assistência às populações deslocadas.