A Força Aérea de Israel atacou o aeroporto internacional de Sanaa, no Iêmen, na manhã desta quarta-feira (28 de maio), em resposta a vários ataques com mísseis balísticos disparados pelos houthis contra Israel ao longo da última semana.
O ministro da Defesa Israel Katz informou que o país deverá impor um bloqueio aéreo e naval aos houthis para impedir a possibilidade de novos ataques por parte do grupo do Iêmen.
“Como disse várias vezes: os houthis são apenas o sintoma. A força principal que está por trás deles é o Irã, e ele é o responsável pelos ataques que partem do Iêmen”, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O Ministro da Defesa, Israel Katz, disse que a força aérea destruiu o último avião que os houthis ainda tinham disponível no aeroporto — isso depois de Israel já ter atacado o aeroporto diversas vezes nos últimos meses – o último ataque israelita ocorreu no último dia 6 de maio.
No ataque anterior realizado no Iêmen, três dos quatro aviões pertencentes aos Houthis foram destruídos, e hoje o quarto foi destruído.
Segundo o Exército de Israel, os aviões civis da empresa aérea do Iêmen são usados para atos terroristas. “Este é mais um exemplo do uso brutal de infraestrutura civil pela organização terrorista Houthi”, disse o porta-voz das forças israelenses.
O ataque de hoje teve a participação de mais de dez aviões de combate.
Manifestações
Manifestantes fazem protestos por todo o país, em Israel, para marcar os 600 dias desde os ataques do Hamas a Israel, em 7 de Outubro de 2023. Há bloqueios em estradas e reuniões em cruzamentos e praias. Mais cedo, a via Ayalon, que passa por Tel Aviv e conecta Israel de norte a sul, teve o movimento interrompido.
O grupo chamado Conselho de Outubro, que representa 1.500 famílias de vítimas dos ataques do Hamas contra Israel, anunciou uma mudança de objetivos: antes, o foco era exigir o estabelecimento de uma comissão de investigação sobre as falhas anteriores e durante os ataques, inclusive por parte da cadeia de comando político.
O governo deixou claro que não apoia uma comissão de investigação pública por parte do Estado.
Agora, o grupo quer trabalhar para antecipar as eleições gerais programadas para outubro do ano que vem.
Lembrando, as eleições por aqui estão marcadas apenas para outubro de 2026 – embora seja pouco comum um governo em Israel conseguir completar os quatro anos de mandato.
E boa parte da crítica que se faz ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é que as decisões que toma têm como objetivo manter essa coalizão de governo de pé e unida de forma a impedir a convocação de eleições antecipadas.