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Israel prepara 'fase decisiva' e uso de maior poder de fogo em Gaza

Israel já controla cerca de 50% da Faixa de Gaza

Israel se prepara para expandir os combates na Faixa de Gaza. Segundo uma fonte citada de forma anônima pelo portal Ynet, o gabinete político-militar passou a usar o termo “fase decisiva” para definir os passos que serão tomados em breve.

A “fase decisiva” vai envolver a convocação de uma grande quantidade de reservistas, a entrada em Gaza de várias divisões militares e o uso de poder de fogo mais pesado do que sido aplicado nas últimas semanas.

Israel já controla cerca de 50% do território e há possibilidade de que este percentual venha a aumentar para que o Hamas se sinta ainda mais pressionado.

A proposta de cinco anos de cessar-fogo temporário que previa a libertação de todos os reféns pelo Hamas foi rejeitada por Israel.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu continua a afirmar que a guerra em Gaza irá continuar até a destruição completa do Hamas. Israel também apresentou uma proposta de acordo que determina que o grupo terrorista palestino deponha as suas armas – possibilidade rapidamente rejeitada pelo Hamas.

Após a Reuters divulgar avanços significativos nas negociações, uma fonte israelense negou a informação à imprensa local.

“Até agora, nenhum acordo foi alcançado”, disse.

A Reuters chegou mesmo a informar que cessar-fogo de longa duração teria sido acordado, embora a agência também tenha observado que ainda havia pontos de divergência que precisariam ser superados.

Uma fonte israelense negou que as autoridades do país iriam concordar com a proposta de um acordo temporário de cinco anos – esta é a visão consolidada pelo Hamas.

“Não há a mínima chance de concordarmos com uma trégua com o Hamas que apenas lhe permita se armar, se recuperar e continuar a guerra contra o Estado de Israel com maior intensidade”, disse a fonte.

Sobrevivente

Um dos sobreviventes do cativeiro do Hamas, Yarden Bibas, cuja família foi assassinada em Gaza, escreveu no Instagram. “No último Dia da Independência, eu estava em um túnel. Agora, ainda há guerra e sequestrados, só que desta vez estou em casa”.

Bibas divulgou uma foto com a legenda. “Não tenho independência porque eles ainda estão lá”, decretou.

E acrescentou um desabafo. “Este ano não posso comemorar, porque tenho irmãos que ainda estão em cativeiro e meu coração ainda está lá com eles. Não poderei me recuperar ou descansar até que eles retornem”, revelou.

Encerrou o texto, citando o hino israelense. “Que a frase ‘ser um povo livre em nosso país’ seja verdadeira para todos”, desejou.