Um dia após empatar por 1 a 1 com a Venezuela pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, a seleção brasileira desembarcou nessa sexta-feira (15) em Salvador, onde mede forças com o Uruguai na próxima terça-feira (19).
Os laterais Dodô, da Fiorentina, e Alex Telles, do Botafogo, foram convocados nesta sexta-feira (15) pelo técnico Dorival Júnior para o jogo contra o Uruguai, na terça-feira (19), em Salvador.
Eles vão substituir, respectivamente, Vanderson, suspenso pelo segundo cartão amarelo, e Arana, que sofreu uma entorse no tornozelo direito no treino de terça-feira (12) em Belém.
O Brasil mede forças com o Uruguai a partir das 21h45 da próxima terça na Arena Fonte Nova, em Salvador.
A equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior realizará três treinos. Nos dias 16 e 17, a Amarelinha fará suas atividades no Estádio Manoel Barradas, o Barradão. No dia 18, o Brasil treinará no palco da partida, a Fonte Nova.
Todos os treinos em Salvador serão às 17h.
A história do confronto
A rivalidade entre as seleções de futebol do Brasil e do Uruguai é uma das mais tradicionais da América do Sul. Desde o primeiro confronto em 1916, os dois países protagonizaram partidas que marcaram a história do esporte.
O primeiro jogo entre Brasil e Uruguai ocorreu em 12 de julho de 1916, durante o Campeonato Sul-Americano (atual Copa América), na Argentina. A partida terminou empatada em 1 a 1, e ambos os gols foram marcados por brasileiros. O atacante Arthur Friedenreich marcou para o Brasil, enquanto o defensor brasileiro Píndaro anotou um gol contra, beneficiando os uruguaios.
O Maracanazo - Talvez o episódio mais conhecido dessa rivalidade seja o “Maracanazo”, a final da Copa do Mundo de 1950, no Rio de Janeiro. O Brasil, que precisava apenas de um empate, foi surpreendido pelo Uruguai, que venceu por 2 a 1 diante de um Maracanã lotado com cerca de 200 mil torcedores. Alcides Ghiggia, autor do gol decisivo, afirmou: "Apenas três pessoas silenciaram o Maracanã: Frank Sinatra, o Papa e eu."
Goleadas marcantes - Embora o Brasil seja amplamente superior no histórico geral de confrontos, o Uruguai protagonizou uma das maiores goleadas do clássico: 6 a 0 na Copa América de 1920. Por outro lado, o Brasil devolveu a humilhação décadas depois, vencendo por 6 a 1 em um amistoso em 1944.
7 a 1 às avessas - Em 2020, durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo, o Brasil venceu o Uruguai por 2 a 0 em Montevidéu, mas a partida foi marcada por uma estatística curiosa: foi a sétima vitória consecutiva da Seleção Brasileira contra o Uruguai, um "7 a 1" em confrontos diretos no período.
Astros que brilharam no clássico - O confronto também foi palco para atuações memoráveis de grandes craques. Em 1976, Zico marcou um gol de falta decisivo na semifinal da Copa Rio Branco. Já em 1993, Romário brilhou ao fazer dois gols no Maracanã e classificar o Brasil para a Copa do Mundo de 1994, onde a Seleção seria tetracampeã.
Por parte dos uruguaios, nomes como Enzo Francescoli, Álvaro Recoba e Luis Suárez também deixaram sua marca em confrontos históricos contra os brasileiros.
"Pedra no sapato" - Apesar da superioridade geral brasileira, o Uruguai é um adversário indigesto em Copas América. Os celestes já eliminaram o Brasil em diversas edições, incluindo as semifinais de 1983 e 1987, além da final de 1995, vencida nos pênaltis em Montevidéu.
Curiosidades que poucos sabem
Maior artilheiro do clássico: Pelé, com oito gols, é o jogador que mais balançou as redes em partidas entre Brasil e Uruguai.
Estádio Centenário: Em 1930, o Brasil foi o primeiro adversário do Uruguai no estádio Centenário, em Montevidéu, durante a primeira Copa do Mundo.
Recorde de público: O confronto com maior público foi a final da Copa de 1950, com estimados 200 mil torcedores no Maracanã, ainda um recorde mundial.
"Faltou um gol": O famoso amistoso de 1997, em que o Brasil venceu por 4 a 0, ficou marcado pela atuação mágica de Ronaldo Fenômeno e a frase de Galvão Bueno: “Faltou um gol de Pelé para este jogo ser perfeito.”