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Caças de Israel atacam bases terroristas no Líbano e Iêmen

O Iêmen está a mais de dois mil quilômetros de Israel

Após dois mísseis disparados contra Israel apenas na última semana, as forças israelenses atacaram o Porto de Hodeidah, na costa oeste do Iêmen, o aeroporto dos Houthis e uma estação de energia elétrica.

Segundo relatos da imprensa árabe, foram mais de dez ondas de ataques contra o local. O porto de Hodeidah foi alvejado por Israel no contexto da guerra atual em julho. Na ocasião, como resposta ao disparo de um drone que atingiu um prédio residencial em Tel Aviv e causou a morte de um cidadão israelense.

O Iêmen está a mais de dois mil quilômetros de Israel. Os mísseis disparados pelos Houthis representam os disparos mais distantes contra o território israelense desde a criação do país, em 1948.

Os Houthis dispararam mais de 220 mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e drones contra Israel nos últimos 11 meses. A maior parte deles contra Eilat, a cidade mais ao extremo sul de Israel. De forma semelhante ao Hezbollah, os Houthis argumentam que os ataques são executados em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza.

No Líbano

Aviões de combate atacaram dezenas de alvos do Hezbollah, em todo o Líbano, desde o meio-dia, incluindo lançadores de foguetes no Vale do Hula.

Israel estaria prestes a dar início a pequenas operações terrestres no Líbano, segundo informações de oficiais norte-americanos à Rede ABC. O objetivo seria eliminar posições do Hezbollah próximas à fronteira.

Segundo informações recebidas pelo Israel de Fato, a avaliação interna do exército israelense é que ações terrestres pontuais seriam necessárias para permitir o retorno da população deslocada para o norte do país.

Os oficiais dos EUA citados de forma anônima pela ABC dizem que as autoridades israelenses ainda não teriam se decidido sobre uma operação terrestre ampla no Líbano, mas avaliam que ações de menor escala podem acontecer.

Nos últimos dias, Israel tem transferido não apenas soldados, mas também equipamentos militares, como tanques, para o extremo norte do país.

Na última semana, o comandante da Frente Norte do exército israelense, Ori Gordin, disse que as tropas precisam estar prontas para a possibilidade de incursão em território libanês. Israel também convocou mais duas brigadas de reservistas para que atuem na região. Israel mantém sigilo sobre números e dados militares, mas o Israel de Fato apurou que entre seis mil e 14 mil soldados foram recrutados.

De acordo com o canal de televisão da Arábia Saudita, Al-Hadath, “o Conselho do Hezbollah escolheu Hashem Safi Al-Din como secretário-geral da organização para o lugar de Hassan Nasrallah, morto em ataque israelense, na sexta-feira (27 de setembro)”. Al-Din e Nasrallah são primos.