Mundo

Terroristas do Hamas fazem mais exigências para libertação de reféns

A lista apresentada pelo Hamas é extensa

O Hamas quer garantias por escrito sobre a transição da primeira para a segunda fase do acordo, duas fontes egípcias revelaram ao Times of Israel. Lembrando que esta segunda etapa prevê a implementação de um cessar-fogo “permanente” com Israel e a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza.

“O Hamas poderia ter apenas dito ‘sim’. Em vez disso, esperou duas semanas e propôs mais mudanças, algumas das quais vão além das posições que tinham aceitado anteriormente”, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

O grupo terrorista palestino quer um novo cronograma para o cessar-fogo, a retirada de Israel de Gaza e a libertação dos reféns israelenses.

Egito e Catar, os dois países que têm intermediado as negociações, disseram que vão estudar as propostas.

Uma fonte israelense disse ao Israel de Fato que as autoridades do país já imaginavam que o Hamas não aceitaria a proposta na íntegra, mas que não consideravam a possibilidade de tantas exigências do grupo terrorista palestino.

Segundo a imprensa israelense, a lista apresentada pelo Hamas é extensa:

1) Garantias antecipadas de que haverá um cessar-fogo “permanente” mesmo ainda sem um acordo para avançar à segunda fase.

A proposta enviada por Israel previa que no décimo sexto dia da primeira fase as partes iniciariam negociações sobre a segunda fase, que deveria durar 42 dias. A segunda fase previa textualmente a restauração de uma “calma sustentável” e o encerramento das hostilidades de forma “permanente” antes mesmo da libertação de todos os reféns israelenses.

2) Reconstrução de Gaza já na primeira fase, item que estava previsto para a terceira fase.

3) Israel não poderia vetar o nome de nenhum prisioneiro palestino que seria libertado em troca de reféns israelenses.

4) Nenhum dos prisioneiros palestinos condenados por assassinato poderiam ser deportados ou enviados para Gaza, como Israel pretendia.

5) Se no sétimo dia da primeira fase do acordo Israel não se comprometesse com a retirada total das tropas de Gaza, a libertação dos reféns seria interrompida.

6) O fim de qualquer restrição israelense à circulação de bens e pessoas a partir de Gaza e também do exterior para Gaza.

7) A libertação de cem prisioneiros palestinos condenados a longas penas por terem cometido graves crimes contra israelenses.