A resposta de Israel ao Irã deve acontecer talvez já nos próximos dias. Mas há várias camadas a partir disso. Conforme deixamos claro, Israel tem a seu favor neste momento a diplomacia. E este é um ativo novo ao país durante este conflito. A única semelhança ocorreu nos primeiros dias após o 7 de Outubro antes do início da resposta em Gaza.
De acordo com a imprensa israelense, a decisão de atacar o Irã foi tomada a partir de uma das prerrogativas da coalizão: ninguém que atingir Israel pode ficar impune. E a ação iraniana foi de fato sem precedentes a ponto de os Estados Unidos compreenderem – mesmo sem concordar – a decisão israelense.
Sendo assim, o gabinete de guerra de Israel vai se reunir novamente amanhã de forma a acertar os detalhes da ofensiva a partir de três pontos fundamentais: onde, quando e como agir.
Importante também mencionar que a prioridade de Jerusalém é não prejudicar a coalizão que foi formada para defender o território israelense; trata-se de uma associação histórica e inédita que foi colocada em prática e demonstra força contra o Irã.
Não se sabe, no entanto, como os países árabes vão reagir à resposta israelense. Mas está claro que as forças de Israel vão atuar por conta própria. Os Estados Unidos tampouco vão aderir ao ataque, seja ele qual for.
Já preparando o terreno político, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enviou há pouco um comunicado em que cita uma conversa telefônica entre o premiê e Steve Scalise, líder da maioria na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Segundo o texto, “Scalise disse a Netanyahu que irá apoiar qualquer decisão tomada por Israel”.
Um alto funcionário norte-americano disse que o presidente dos EUA, Joe Biden, não impedirá o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de atacar o Irã, em resposta à agressão sem precedentes de Teerã a Israel, na noite de sábado para domingo.
A população está dividida. O canal de televisão, 13, de Israel, divulgou enquete sobre atual escalada de violência. 37% dos israelenses querem uma resposta a Teerã, em outro momento. 29%, um ataque imediato. 25%, são contra qualquer tipo de reação militar.