O atendimento eletivo no Hospital Municipal Veterinário (HPVet), em Canabrava, está sendo feito de segunda a sexta, das 8h às 17h e aos sábados, das 8h às 12h. Diariamente são disponibilizadas 40 fichas por ordem de chegada, mas animais em situação de emergência são acolhidos de maneira imediata. A unidade funciona durante 24 horas para prestar suporte aos animais em internamento.
Inaugurado na segunda-feira (25 de março) na Rua Artêmio Castro Valente, em Canabrava, o HPVet conta com mais de 70 leitos para acolher animais de tutores independentes ou de ONGs.
São disponibilizados atendimentos de médico veterinário clínico e serviço de hospital dia, o que vai permitir, por exemplo, internamentos para tratar casos graves, inclusive com ala de isolamento para infecciosos. A emergência funcionará de forma ininterrupta com equipes de saúde e cirurgião de prontidão.
A unidade realiza consultas, cirurgias, exames de média e alta complexidade, a exemplo dos laboratoriais, raio-x e ultrassom. Além disso, a população encontra acesso gratuito a especialidades como ortopedia, oftalmologia, trato reprodutivo e tratamento para cinomose, arboviroses e outras doenças infectocontagiosas. O local também terá posto de vacina antirrábica e disponibilizará teleconsulta entre um médico veterinário e o tutor.
Para Marcelle Moraes, titular da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), pasta responsável pela administração da unidade, hoje foi um dia muito importante para Salvador com o início dos atendimentos do maior Hospital Público Veterinário do país. Ela destacou que há uma grande demanda reprimida.
“Atendemos muitos animais, acompanhados de seus tutores, mas a gente já esperava essa grande procura, pois Salvador tinha uma demanda reprimida durante muitos anos, então é natural que as pessoas venham ansiando por este atendimento gratuito. Estamos em fase de organização e de ajuste de equipe, mas já atendemos hoje mais de 100 animais, e aos poucos conseguiremos atender todas as demandas”, afirmou Marcelle.
Para a trabalhadora autônoma Janine Machado, de 33 anos, a inauguração do hospital representou uma solução para o sofrimento dela e da cachorrinha de quem cuida há 11 anos. O animal sofreu uma fratura exposta na pata direita e ela não sabia como iria tratar, pois não tinha condições de pagar um atendimento particular.
“Foi um alívio no meu coração esse hospital, pois nem todo mundo tem condição para o particular. Eu estava com medo de ela não resistir à hemorragia, mas aqui eles conseguiram raio-x, medicação e agendamento com o ortopedista para a cirurgia. Além disso, fui bem acolhida pela equipe técnica, pelos veterinários e pela direção”, contou.
Jorge Palmeira, de 56 anos, também aproveitou o atendimento gratuito para cuidar de Bleide, seu gatinho de nove meses, que foi atropelado e teve fraturas múltiplas na patinha. “Eu acredito que vai ter que amputar. Já passei pelo pré-atendimento, estou aguardando agora a avaliação para que ele seja encaminhado para o cirurgião. Hoje é o primeiro dia, então eu não tenho do que reclamar, só agradecer. Todo empreendimento que é feito, passa por ajustes no início do funcionamento, o que é normal”, opinou.