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Ataque de Israel mata membro da Guarda Revolucionária do Irã

Reza Zaraei foi morto junto a dois membros do Hezbollah

Depois de especulação em canais não oficiais, há a confirmação de que um dos mortos pelo ataque atribuído a Israel na Síria é Reza Zaraei, conselheiro militar da Guarda Revolucionária do Irã (GRI).

Zaraei foi morto junto a dois membros do Hezbollah, a milícia xiita libanesa que desde o dia 8 de outubro trava confrontos com Israel na região da fronteira entre os dois países.

Normalmente, Israel não comenta este tipo de ação, muito embora seja difícil pensar em outro ator regional capaz de levar adiante um ataque como este.

O argumento israelense para levar adiante essas operações sempre foi o de impedir que os iranianos conseguissem se estabelecer nas fronteiras do país. No entanto, a situação desta ação específica é diferente, até porque ela foi realizada em Banias, a quase 60 quilômetros de distância da fronteira entre Líbano e Síria.

Ou seja, havia um Líbano inteiro e mais 60 quilômetros a separar Israel de seu alvo. Esta é a diferença. De fato, nos últimos anos o Irã vem buscando fazer o “cerco” a Israel. Mas a estratégia do país é de segurança total em seu próprio território, distante mais de mil quilômetros de Israel.

Importante lembrar que, no final de dezembro, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que o país lutava uma “guerra em sete frentes”, o que deixa claro que a Síria faz parte dos alvos atingidos pelos israelenses.

Ataques como este em Banias são como mensagens israelenses de que 1) não há lugar seguro aos membros militares do Irã envolvidos no projeto anti-Israel e 2) as forças iranianas precisam “pagar um preço” pela estratégia de cerco ao território israelense e da criação deste eixo que hoje está envolvido direta ou indiretamente na guerra em curso.