Desde 1º de janeiro, 113 pessoas morreram em todo o país em decorrência de infecção por dengue. De acordo com o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, há ainda 438 mortes em investigação para a doença.
Os números mostram que, em menos de dois meses, o Brasil contabiliza 653.656 casos prováveis de dengue, o que leva a um coeficiente de incidência de 321,9 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
As mulheres respondem pela maioria das infecções (55%), enquanto os homens registram 45%. A faixa etária dos 30 aos 39 segue na liderança de casos de dengue, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e pelo grupo de 50 a 59 anos.
O Distrito Federal registra, atualmente, o maior coeficiente de incidência (2.814,5), seguido por Minas Gerais (1.061,7), Acre (644,7), Paraná (611,6) e Goiás (569,6). Em número de casos absolutos, Minas Gerais aparece em primeiro lugar (218.066). Em seguida estão São Paulo (111.470), Distrito Federal (79.287), Paraná (69.991) e Rio de Janeiro (49.263).
Na Bahia
Mais três cidades baianas iniciaram, nessa segunda-feira (19 de fevereiro) o uso do Ultra Baixo Volume (UBV), também conhecido como "fumacê", estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, que consiste na pulverização de inseticida para eliminar a maior parte dos mosquitos adultos presentes na região.
Além de Wanderley, Lajedão e Morro do Chapéu, que passam a contar com a estratégia, outros sete municípios baianos receberam o reforço do fumacê no combate ao Aedes aegypti: as cidades de Salvador, Piripá, Encruzilhada, Bonito, Feira de Santana, Jacaraci e Juazeiro.
A secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, explica que, para que o uso do fumacê seja iniciado o município precisa preencher uma série de critérios técnicos e epidemiológicos a fim de assegurar a efetividade da ação. Ela lembra que 80% dos focos de dengue estão nas residências e que, por isso, é fundamental que cada cumpra seu papel no combate à doença.