A corrida presidencial dos Estados Unidos em 2024 está repleta de reviravoltas e dilemas, tanto para Republicanos quanto para os Democratas. A saída recente de figuras proeminentes como Mike Pence e Ron DeSantis trouxe mais estabilidade para Donald Trump, que lidera a busca pela candidatura Republicana. Por outro lado, Joe Biden vê sua força diminuir após um mandato com aprovação de 39%.
Dados levantados pelo agregador de pesquisas FiveThirtyEight indicam que, entre os Republicanos, o ex-presidente tem 61,8% das intenções de voto. Enquanto isso, o governador da Flórida contava com uma margem de 12,1%.
De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, entre os possíveis candidatos Democratas, o nome de Michelle Obama surge como uma figura que poderia desafiar a força política de Trump.
“A especulação sobre sua possível candidatura ou inclusão como vice na chapa de Joe Biden está em alta. Contudo, é possível argumentar que uma candidatura independente seria mais vantajosa do que uma posição secundária na chapa de Biden”, revela.
Dilemas jurídicos e eleitorais
Enquanto Trump continua sendo uma figura central no Partido Republicano, sua situação legal é preocupante. Com mais de 90 processos criminais, quatro dos quais são considerados graves, a possibilidade de uma condenação paira sobre o ex-presidente.
“O fato de um candidato poder ser eleito mesmo estando na prisão adiciona uma dimensão única ao cenário eleitoral dos EUA. Este dilema coloca os Republicanos em uma encruzilhada, equilibrando o apoio a Trump com a necessidade de garantir uma candidatura viável”, declara Toledo.
Mesmo assim, o Partido Republicano demonstra estar firmemente ancorado na figura de Donald Trump, com a possibilidade de sua eleição se fortalecendo a cada dia. “A menos que os Democratas apresentem uma alternativa convincente, a força política de Trump pode se traduzir em vantagem nas urnas. O fato de Michelle Obama ser a única candidata com a capacidade de rivalizar com Trump destaca a importância de um nome forte e carismático do lado Democrata”, pontua.
O especialista em Direito Internacional acredita que a corrida presidencial de 2024 nos Estados Unidos apresenta uma série de impasses para ambos os partidos. Enquanto os Republicanos enfrentam a incerteza em torno de quem irá liderar sua candidatura, os Democratas estão diante da difícil escolha entre apoiar Joe Biden ou buscar uma alternativa mais robusta. “A resolução dessas questões moldará o curso da política americana nos próximos anos, impactando não apenas os resultados eleitorais, mas também o futuro do país”, finaliza.