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Ataque aéreo de Israel mata comandante do Hezbollah

O ataque ocorreu na cidade libanesa de Majdal Selm

Um ataque aéreo atribuído a Israel matou nesta segunda-feira Wissam Al-Tawil, um dos comandantes de campo da Força Radwan, a unidade de elite do Hezbollah.

O ataque ocorreu na cidade libanesa de Majdal Selm, localizada a cerca de 13 quilômetros de distância da fronteira com Israel.

A ofensiva ocorre seis dias após a morte do vice-líder do Hamas, Saleh Al-Arouri, em Beirute, no Líbano. Como resposta a esta ação, o Hezbollah disparou 62 foguetes e mísseis contra o norte de Israel no sábado, ativando sirenes e alarmes em 90 cidades e pequenas comunidades israelenses da região.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, esteve no norte do país. “O Hezbollah errou em 2006 (na Segunda Guerra do Líbano) e erra novamente agora. Vamos fazer tudo o que for preciso para trazer a segurança de volta ao norte (de Israel)”, disse ao se encontrar com soldados.

A estimativa é que 2.500 combatentes do Hezbollah façam parte da Força Radwan, que recebe treinamento da Guarda Revolucionária Iraniana. O Hezbollah conta com cerca de 50 mil combatentes.

Em maio de 2023, o Hezbollah convocou a imprensa libanesa e agências internacionais para demonstrar um exercício militar especial que simulava a infiltração das forças do grupo em território israelense.

Ao contrário do Hamas, um grupo terrorista que até o dia 7 de outubro mantinha controle ditatorial e exclusivo sobre a Faixa de Gaza, o Hezbollah é um dos elementos do tecido social e do jogo político libanês.

O Hezbollah argumenta que é um movimento de “defesa” do Líbano. E a sociedade libanesa pressiona o grupo para que não crie mais problemas a um país em escombros – tanto na economia quanto na própria estrutura política. Para ser claro: uma guerra contra Israel não está, de nenhuma forma, articulada com os interesses nacionais do Líbano.