Esportes

Gilmar Mendes devolve Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF

Decano do STF atendeu demanda do PCdoB

Foto: CBF
Ednaldo Rodrigues havia sido afastado da presidência da CBF

Ednaldo Rodrigues foi reconduzido à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira. Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), despachou favoravelmente ao presidente após a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) publicarem pareceres favoráveis à suspensão da decisão judicial que afastou Ednaldo do cargo. Foi determinado o retorno imediato de Ednaldo ao cargo, mas o caso ainda deverá ser julgado pelo colegiado da Corte.

O STF foi acionado pelo PCdoB, autor de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) para tentar obter medida cautelar contra uma decisão emitida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) no início de dezembro do ano passado. Tal decisão destituiu o presidente da CBF a partir do cancelamento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a entidade e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), em março de 2022, antes das eleições que tiveram Ednaldo, até então interino, como vencedor.

Ao Estadão, o advogado José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e representante de Ednaldo, afirmou que havia uma “expectativa muito positiva” de que o dirigente fosse reconduzido ao cargo, citando o fato de a intervenção ferir o estatuto da CBF. A expectativa era de que a liminar determinando o retorno de Ednaldo à presidência fosse publicada nesta sexta-feira. O STF está em recesso e só deve votar o caso a partir do dia 1º de fevereiro.

Anteriormente, o PCdoB, que já havia tentado recolocar Ednaldo no cargo, alegou “fatos novos” para mover a nova ação. Um deles se refere à possibilidade de a seleção brasileira masculina de futebol ficar fora da Olimpíada de Paris-2024 por não poder se inscrever no Pré-Olímpico a tempo. A inscrição junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) tem prazo até esta sexta-feira. O risco enfrentado pela entidade por causa da demora na resolução também pesou a favor de Ednaldo.