Israel admitiu nesta sexta-feira (15) ter matado, "por um trágico erro", três reféns durante os combates em Shujaia, no centro da Faixa de Gaza.
O porta-voz militar Daniel Hagari explicou que os soldados os confundiram com suspeitos e atiraram neles.
Segundo ele, provavelmente os três haviam se libertado ou ficado desacompanhados durante os combates.
"Durante os combates, uma unidade do exército identificou erroneamente três israelenses como uma ameaça. A unidade disparou na direção deles, e eles foram mortos. Imediatamente surgiu uma suspeita. Seus corpos foram transferidos para Israel para reconhecimento", disse Hagari.
As vítimas foram identificadas como Yotam Haim (que foi sequestrado em Kfar Aza em 7 de outubro), Samer Talalka (sequestrado em Nir Am em 7 de outubro), Alon Lulu Shamriz, de 26 anos, do kibbutz Kfar Aza.
Hagari disse que o exército assume plena responsabilidade pelo ocorrido, observando que o incidente aconteceu durante intensos combates em Shujaia, onde os soldados lutaram contra "muitos terroristas".
Segundo Hagari, o Hamas também enviou contra eles terroristas suicidas que pareciam desarmados e tentaram atraí-los para uma armadilha com explosivos.
De acordo com a televisão pública Kan, é possível que, após 70 dias de prisão, os três reféns estivessem vestindo roupas típicas da população palestina.
"Uma tragédia insuportável. Toda Israel chora esta noite", lamentou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
"Meu coração vai para as famílias enlutadas neste momento difícil", acrescentou.
"A morte dos reféns por parte de Israel é uma tragédia que parte o coração", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby.