Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, foi de 0,50% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ele voltou a acelerar (aumentar mais do que no mês anterior), após duas desacelerações seguidas, mas ficou abaixo do índice de abril de 2022 (0,67%).
A inflação de abril na RMS também foi menor do que a registrada no Brasil como um todo (0,61%) e a 5a mais baixa entre os 16 locais investigados separadamente pelo IBGE. O município de Campo Grande/MS (0,89%), a RM Rio de Janeiro/RJ (0,85%) e o município de Goiânia/GO (0,77%) tiveram os índices mais elevados, enquanto a RM Recife/PE (0,16%), a Grande Vitória/ES (0,31%) e o município de Aracaju/SE (0,39%) registaram os menores.
Com esse resultado, a inflação acumulada de janeiro a abril na RM Salvador está em 2,87%, acima da nacional (2,72%) e a 4a maior entre os locais pesquisados. Já nos 12 meses encerrados em abril, o IPCA acumula alta de 5,18% na RMS e é o 2o mais elevado do país, só abaixo do registrado na RM São Paulo/SP (5,20%). No Brasil como um todo, o acumulado em 12 meses está em 4,18%.
O quadro a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês e nos acumulados no ano e nos 12 meses encerrados em abril de 2023.
A inflação de abril na Região Metropolitana de Salvador (0,50%) foi resultado de altas disseminadas por 8 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
O grupo saúde e cuidados pessoais (1,73%), que aumentou pelo 5o mês consecutivo, teve a maior alta de preços e a contribuição mais relevante para a inflação de abril, na RMS.
O principal impacto veio dos remédios (produtos farmacêuticos e óticos), que aumentaram 3,34%, em consequência do reajuste de até 5,60%, autorizado a partir de 31 de março. Mas os planos de saúde (1,21%) também foram decisivos para puxar para cima os preços do grupo e o custo de vida em geral
A alta dos preços da habitação (0,54%) foi a terceira maior entre os grupos (empatada com a de vestuário), mas, pelo peso que tem nas despesas da famílias, exerceu a segunda principal pressão inflacionária em abril, na RM Salvador.
Foi fortemente influenciada pelo aumento da energia elétrica (1,19%), segundo item de maior peso individual, dentre as dezenas de produtos e serviços que entram na composição do IPCA da RM Salvador.
Apesar de registrar uma importante desaceleração no IPCA, de março (1,48%) para abril (0,37%), o grupo transportes teve o item com maior aumento e que individualmente mais pressionou o custo de vida da RM Salvador para cima: as passagens aéreas (18,85%).
Único grupo com discreta deflação no mês, os preços das despesas pessoais (-0,08%) recuaram puxados, sobretudo, por quedas médias nos valores de hospedagem (-4,14%) e pacotes turísticos (-4,03%).
Outros itens de peso importante nas despesas dos moradores da RM Salvador que mostraram deflações significativas em abril, e ajudaram a segurar a alta do IPCA no mês, foram a gasolina (-1,16%), o diesel (-4,02%) e o etanol (-2,93%), no grupo transportes; e a cebola (-11,81%), a maçã (-8,31%) e as carnes em geral (-0,61%), entre os alimentos (0,18%).
Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Região Metropolitana de Salvador ficou em 0,37%. O INPC mede a inflação das famílias com menores rendimentos (de 1 a 5 salários mínimos, sendo o/a chefe assalariado/a).
O índice também teve uma pequena aceleração frente a março, quando havia sido de 0,34%. Foi, porém, o 5º menor do país e ficou abaixo do nacional (0,53%).
No acumulado nos quatro primeiros meses de 2023, o INPC da RM Salvador está em 2,50%, o 4º mais alto do país, pouco acima do índice nacional (2,42%). Já nos 12 meses encerrados em abril, a RMS mantém o maior INPC entre as 16 áreas pesquisadas (5,11%). No Brasil como um todo, o indicador fica em 3,83%.