Mais de R$ 1 bilhão foram investidos no Porto de Salvador nos últimos dois anos, pela empresa Wilson Sons, operadora do Tecon, terminal líder no Norte e Nordeste em movimentação de contêineres, sendo R$ 443 milhões entre 2018 e 2020 (mais R$ 715 milhões serão investidos até 2050, na ampliação do Tecon Salvador).
A partir de 1º de julho o terminal será capaz de receber até duas embarcações super-post-Panamax, de 366 metros cada, em área de atracação medindo 800 metros de comprimento (a profundidade no local é de 16 metros), batizado de Cais Santa Dulce dos Pobres (homologado pela Marinha do Brasil no final de 2022).
A Wilson Sons, que nasceu na Bahia, tem 185 anos e é a maior operadora integrada de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, com mais de 5 mil clientes, incluindo armadores, importadores e exportadores, indústria de óleo e gás, projetos de energia renovável, setor do agronegócio.

O Tecon Salvador
Dentre os portos mais eficientes do Brasil, o Tecon Salvador (a 50 quilômetros do Polo Industrial de Camaçari) iniciou suas operações há 23 anos e tem como um de seus diferenciais competitivos a acessibilidade privilegiada, através da Via Expressa Baía-de-Todos-os-Santos, que liga o terminal diretamente à rodovia BR-324. O terminal baiano é o único do País a contar com rodovia federal com acesso exclusivo para caminhões.
O terminal opera as principais linhas marítimas de longo curso que conectam as regiões Norte e Nordeste ao mundo. É, também, ponto estratégico nas rotas de cabotagem que ligam o país de Norte a Sul.
Entre suas recentes aquisições estão 3 Super Portêineres (guindastes com lança de 66 metros e capacidade de içamento a 51 metros, viabilizando erguer até 80 toneladas por vez) para o novo cais e 5 RTGs elétricos (guindastes que realizam a movimentação de cargas em pátio).
São maquinários similares aos utilizados nos maiores portos no mundo, como Rotterdam (na Holanda) e Los Angeles (Estados Unidos).

No início de 2023 o Tecon Salvador atingiu o recorde de 110 contêineres movimentados por hora (mph-embarque e descarga) durante a operação do navio Corcovado, atracado no novo cais, Santa Dulce dos Pobres. O último recorde havia sido alcançado em janeiro de 2018, com 102 mph.
A produtividade média por guindaste de cais Super Post-Panamax do tipo STS (ship-to-shore), com 37 movimentos por hora, configurou um feito inédito. Foi o melhor desempenho em mph por equipamento já realizado entre os terminais do Nordeste.
Ter uma maior produtividade por hora, reduz o tempo de permanência do navio no terminal, gerando menos custos para os donos dos navios (armadores), contribuindo para o cumprimento dos prazos com novas escalas em outros portos.
A produtividade média, hoje, é 10 vezes maior que a registrada em 1999, o que significa: "os custos, medidos pelo tempo de atracação necessário, são de apenas 10% do que era exigido no início das operações", destaca Demir Lourenço, diretor executivo do Tecon Salvador.
Em 2022, o Tecon Salvador conquistou um aumento de 41% nas exportações, comparado a 2021, chegando a ser responsável por movimentar mais da metade de todo o volume de exportações do Nordeste.