Tecnologia

Empresa que controla Facebook anuncia mais de 11 mil demissões

Em apenas um dia a Meta perdeu US$ 670 bilhões

Foto: Pixabay/Creative Commons
O metaverso é a maior aposta do criador do Facebook, Mark Zuckerberg

A multinacional de tecnologia Meta, proprietária do Facebook, anunciou nesta quarta-feira (9 de novembro) a demissão de mais de 11 mil funcionários, o que correspondente a 13% de sua força de trabalho -  o maior corte de sua história.

Por meio de um comunicado, o fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, afirma que essa é uma das "mudanças mais difíceis na história" da companhia.

"Decidi reduzir o tamanho de nossa equipe em cerca de 13% e liberar mais de 11 mil de nossos talentosos funcionários", diz.

"A desaceleração macroeconômica e o aumento da concorrência fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava", disse Zuckerberg em uma mensagem aos funcionários. "Eu errei e assumo a responsabilidade", completou.

O metaverso é a maior aposta do criador do Facebook, Mark Zuckerberg, mas os sonhos de domínio do universo paralelo estão virando uma enorme dor de cabeça para os investidores.

Em apenas um dia da semana passada, a Meta perdeu US$ 670 bilhões de valor de mercado, com uma queda de 20% em suas ações (mais de 60% em 2022 e quase 80% desde setembro de 2021), deixando Zuckerberg US$ 11 bilhões menos rico (ele era a 25ª pessoa mais rica do mundo e agora está em 29ª lugar).

O lucro da companhia caiu pela metade no terceiro trimestre - ficou em US$ 4,4 bilhões, queda de 52% em relação ao mesmo período de 2021.

Há uma decepção quanto aos custos de desenvolvimento da plataforma, a começar pelo que se considera um número excessivo de funcionários (87.314 em 30 de setembro, 28% acima do registrado em 2021). 

Os custos e despesas atingiram US$ 22,05 bilhões, aumento de 19% se comparados com os do ano anterior.

Em 2019, a divisão que desenvolve o metaverso teve US$ 4,5 bilhões de perdas. Em 2020, os prejuízos subiram para US$ 6,6 bilhões e, em 2021, mais US$ 10,1 bilhões.

Pior: há uma queda preocupante na receita vinda do mercado publicitário, muito devido à concorrência do TikTok, hoje a plataforma queridinha para os usuários de vídeos curtos.

Outros dois gigantes também sangram. Segundo dados da Forbes, as ações do Google acumulam queda de 36% em 2022 e as da Microsoft, caíram 32%.